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Vítimas da lei: 10 motos que devem sair de linha no Brasil em 2023

O fim está próximo – ao menos para as motos carburadas, que devem sair de linha. Está entrando em vigor agora, janeiro de 2023, a fase M5 do controle de emissões Promot (Programa de Controle de Poluição por Motocicletas, Motociclos e Ciclomotores) que enfim deve aposentar as motos alimentadas por carburador no Brasil.

As carburadas terão suas vendas proibidas por aqui? Não. Entretanto, muito dificilmente conseguirão atender às novas e rigorosas exigências do Programa quanto emissões de gases poluentes. Para se adequar, teriam o desempenho dos motores profundamente prejudicado e demandariam altos investimentos em pesquisas e projetos. O fim da linha chegou e é melhor aceitar, dói menos.

motos que devem sair de linha em 2023
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A nova fase do programa de emissões Promot deve aposentar todas as motos carburadas à venda no Brasil. Muitos modelos baratos estão com os dias contados

Motos que devem sair de linha em 2023

Importante lembrar que a regra vale apenas para motos fabricadas a partir de janeiro de 2023. Assim, modelos produzidos antes da data e que permaneceram nas lojas podem ser comercializados normalmente. Porém, devemos assistir a várias motos saindo de linha.

Carburador da TT-R Yamaha pode ser ajustado para trabalhar em altas altitudes

Enfim, carburador será item de museu e componente restrito às motos que não circulam em vias públicas, como alguns modelos de competição

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A legislação afeta as marcas de diferentes formas. A maioria das fabricantes não terá qualquer impacto em seu lineup, pois já trocaram os carburadores pela injeção eletrônica em todos seus modelos – é o caso de Honda, Yamaha, Kawasaki, Suzuki, Triumph, BMW, Harley-Davidson, Ducati e outras. Porém, há quem esteja do outro lado do balcão.

A marca mais atingida é a Shineray, que usa carburadores em praticamente todos seus modelos à venda no Brasil. Mesmo lançamentos recentes como a trail SHI 175 são carburados, quem dirá produtos mais simples como o ciclomotor Jet 50.

xt 660 - motos que saíram de linha no Brasil

A Yamaha XT 600 R foi a primeira moto nacional a adotar a injeção eletrônica, em 2005. Meses depois seria a vez da então nova Fazer 250 fazer o mesmo

Outra marca que deve ter ajustes é a Haojue. Representada pela JTZ (junto de Suzuki, Kymco e, em breve, Zontes), os modelos Chopper Road 150, DK 150 e Lindy 125 são alimentados por carburador. Porém, o caso é menos grave, pois alguns destes motores já tem versões injetadas.

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E ainda há a situação de marcas menores, que geralmente importam seus produtos da China em pequenas operações e os oferecem no mercado nacional sob seus próprios logotipos. É o caso da Avelloz, que vende a AZ1 aqui no Brasil. É o único modelo da empresa e, adivinhe só, carburado.

choper road entre as motos que irão sair de linha

A Chopper Road 150 é uma das motos Haojue que podem sair de linha por ainda usar carburador

 

10 motos previstas para sair de linha

Para ficar mais claro, citamos abaixo alguns modelos de motos no corredor do abate. Todas devem sair de linha ainda neste início de 2023.

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– Avelloz AZ1
– Haojue Chopper Road 150
– Haojue DK 150
– Haojue Lindy 125
– Shineray Phoenix 50
– Shineray SHI 175
– Shineray JEF 150S
– Shineray Worker 125
– Shineray Jet 125
– Shineray Jet 50

motos da shineray irão sair de linha

Caso da Shineray é o mais grave, já que mesmo seus lançamentos mais recentes (como a SHI 175 da foto) são alimentados por carburador

Veja também:

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Como é a nova legislação (Promot5)

O Programa foi criado no início dos anos 2000 para reduzir as emissões de gases poluentes de motos aqui no Brasil. Se em seu início já varreu das ruas as motocicletas com motores 2 tempos, segue aposentando novos modelos a cada atualização. Agora está chegando em sua fase 5, alinhada com a Euro5 – iniciativa vigente na Europa.

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DT 200, RD 135, Falcon 400, Transalp, Crypton, Yes, Apache 150. Muitas motos já sairam de linha em função do Promot ao longo dos anos

A partir de 1º de janeiro ele traz novos limites, incluindo redução de 50% no monóxido de carbono (de 2kg para 1kg por km rodado) e mais exigências para aldeídos e de hidrocarbonetos não metano (NMHC) – os HC totais (THC), menos a fração de metano (CH4). E també nos apresenta um novo dispositivo eletrônico, que será equipado em todas as motos fabricadas no Brasil.

Guarde este nome: OBD. O ‘On Board Diagnosis’ é item obrigatório em todas as motos produzidas no Brasil a partir de janeiro de 2023

É o OBD – On Board Diagnosis. Ele atua junto da ECU (Unidade de Comando Eletrônico) e é responsável pelo diagnóstico de possíveis falhas no sistema de emissões. Na prática, irá acender uma luz no painel da moto caso haja problemas em algum componente.

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