Do leitor

UM NOVO TEMPO EM NASCIMENTO

Na verdade eu gostaria de estar comentando outros assuntos de interesse da sociedade mato-grossense, das cidades, cultura, meio ambiente, segurança pública e outros.

Mas ainda nos prendemos, infelizmente, à atuação de uma parcela da população brasileira que, inconformados com os legítimos resultados das urnas, insistem em transformar o país numa praça de guerra, desrespeitando os ditames legais e colocando em risco permanente a sociedade brasileira, como se tem visto nestes dias em Brasília e outros Estados do Brasil, tudo com a conivência explícita de alguns integrantes da rede de comando das Forças Armadas, o que se torna, no mínimo lamentável.

As Forças Armadas brasileiras, as Polícias, o Ministério Público e outras entidades representativas da firmeza de nossas instituições públicas, que anteriormente prezavam pelo cumprimento das atribuições constitucionais, transformaram-se em satélites de Partidos Políticos e ideológicos no desastroso e destruidor governo de Jair Bolsonaro, desligando-se de suas verdadeiras atribuições para se lançarem como protagonistas de tentativas ilegais de golpes, molestando o andamento normal da sociedade e colocando em risco a estabilidade social, econômica e política do país.

Tratam-se elas de instituições de Estado e não de governo, e assim sendo, jamais deveriam servir a interesses escusos e antidemocráticos de indivíduos que, sob a capa de político, tentam a todo custo enlamear o Estado Brasileiro, burlar a Constituição Federal e implantar um regime fechado, totalitário e criminoso, como aqueles que vimos nos anos 60, 70, em que se predominavam os atentados contra a sociedade, a soberania do povo, os interesses sociais devastados por interesses que fugiam totalmente à concepção de um mundo democrático e voltado aos interesses de cada Nação.

Jair Bolsonaro representou o maior retrocesso histórico da política nacional e conseguiu arregimentar a seu favor uma grande parcela da população que, enfim, demonstrou suas garras totalitárias, seus interesses de implantação de um regime em que se beneficiasse apenas aqueles que comungam com as suas ideias extremistas e destituídas de sérias intenções sociais. Procurou durante esses quatro anos destruir o país na sua essência: nas artes, na cultura, no meio ambiente, na saúde, no relacionamento interpessoal, desequilibrando a racionalidade e impulsionando a discórdia, a desídia, tentando impor a

contraposição aos interesses coletivos, à paz social, ao pleno desenvolvimento com harmonia e competência.

Sua sanha criminosa ficou patente durante todos os anos em que esteve se beneficiando das benesses parlamentares, oportunidade em que em nada contribuiu para o país. Sempre foi um entusiasta da desordem. Foi assim no Exército, quando atuou como terrorista principiante, o que lhe valeu uma aposentadoria desonrosa; foi assim como Deputado, quando defendeu assassinos, torturadores, milicianos e outros segmentos do banditismo nacional, por ele e seus filhos transformados em heróis. Sempre se demonstrou insensato. Desrespeita cotidianamente as minorias sociais e destruiu até mesmo as políticas pública de respeito a esses segmentos que, como os demais, merecem também aprimorada atenção dos poderes públicos. Aliou-se ao que de mais ignóbil existe na política brasileira, o mesmo pessoal que ele dizia possuir ojeriza e de quem queria distância.

Tudo falsidade, conforme se encontra comprovado.

Nada foi feito em benefício da sociedade.

Nossa gente continua desempregada, sem habitação, sem preparo profissional para galgar uma ascensão social, sem salário, passando fome, conforme demonstram as organizações encarregadas de estudar e apresentar dados contundentes a esse respeito, sem um indicador que seja, pelo menos durante esses anos trágicos, da possibilidade de conseguir reverter essa situação.

Nossos problemas aumentaram em muito, ainda que para a classe que se

encontra no topo da pirâmide social tudo tenha sido às mil maravilhas, porque conseguiram auferir os lucros imensos que os satisfazem.

Por isso, esperamos que o Governo Lula nos traga novamente o gosto pela cidadania, o amor pelo Brasil, a esperança de unirmos o país em torno de objetivos comuns de desenvolvimento pessoal, profissional e comunitário, sem as amarras do ódio e das desavenças diárias.

Somente construiremos, ou reconstruiremos este país, com o esforço de todos, coletivo, com a consciência de que fazemos parte de um Brasil que almeja dias muito melhores, bem longe do inferno criado e incentivado pelo mandatário que deixa o poder sem nenhuma saudade das pessoas verdadeiramente de bem de nosso país.

PAULO MATTOS É Formado Perito Criminal pela Academia de Polícia Civil do Paraná. Foi Escrivão de Polícia Civil da Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso. Professor da Academia de Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso. Trabalhou como Assessor Parlamentar, na Câmara Municipal de Cuiabá. Tem artigos publicados em vários jornais, como O Estado de Mato Grosso (extinto), O Dia (Extinto), Diário de Cuiabá, A Gazeta, dentre outros. Analista político cuiabano, defensor ferrenho dos costumes e tradições de nossa terra.

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