Política

Suplente de Amália Barros recebeu R$ 120 mil de réu por desmatamento

O deputado Nelson Barbudo, suplente de Amália Barros, recebeu R$ 120 mil de um fazendeiro que foi réu por desmatamento ilegal

O suplente da deputada Amália Barros, Nelson Barbudo, do PL do Mato Grosso, recebeu R$ 120 mil na campanha de 2022 do fazendeiro Elbio Dalmolin, que era réu na Justiça do Mato Grosso por desmatamento ilegal. O caso prescreveu e foi arquivado em setembro de 2023.

O fazendeiro foi denunciado pelo MP do Mato Grosso em 2012 por desmatar ilegalmente 256 hectares, uma área equivalente a 403 campos de futebol.

Segundo a denúncia, Dalmolin foi alvo de uma operação da Polícia Federal que verificou que a devastação e a extração ilegal de madeira era para o plantio de soja e milho. O fazendeiro foi o maior investidor da campanha de Nelson Barbudo.

O MP pediu que a Justiça condenasse Dalmolin e o obrigasse a reconstruir toda a área desmatada em sua fazenda.

O caso ficou parado na Justiça do Mato Grosso por dez anos e prescreveu em 2023. O processo foi arquivado.

A coluna tentou contato com Dalmolin, pelo e-mail de suas empresas, mas não obteve retorno. O deputado Nelson Barbudo não respondeu aos contatos da reportagem.

 

Guilherme Amado. É colunista da revista Época e da Rádio CBN. Cobre política e crime organizado em diferentes vertentes desde 2009. Em 2014, recebeu os prêmios Esso e Tim Lopes com a reportagem Os embaixadores do Narcosul. É John S. Knight Journalism Fellow na Universidade de Stanford, onde estudou colaboração entre jornalistas investigativos, e integra o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ). É vice-presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo.

 

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