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STF concede a João Zuffo acesso a provas da Polícia Civil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes concedeu ao contador João Zuffo o acesso às provas da Operação Flor do Vale, deflagrada pela Polícia Civil para apurar o latrocínio do advogado João Anaídes Cabral Netto, 49 anos, que aconteceu no mês de julho deste ano, em Juscimeira (a 162 km de Cuiabá). O contador é acusado de ser o responsável pelo crime.

De acordo com o documento, a defesa de João Zuffo solicitou à Justiça o acesso aos áudios das interceptações telefônicas durante a operação da Polícia Civil. O contador é apontado como líder do grupo criminoso que cometeu diversos roubos na região, entre eles o de João Anaídes.

“Diante do exposto, com base no art. 161, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, julgo parcial procedente o pedido para garantir ao advogado portador de procuração nos autos, o acesso aos elementos de prova já documentados (inclusive as senhas pertinentes) e que não se refiram a diligências em andamento, que possam ser prejudicadas, existentes no âmbito das interceptações telefônicas”, diz trecho do documento.

PRISÃO

O contador João Zuffo foi preso pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) no dia 9 de dezembro, em Cuiabá. Após a prisão, o acusado foi colocado em uma cela especial por ter curso superior. Zuffo também recebe atendimento médico adequado, por ser diabético e ter sido internado recentemente para tratamento de covid-19.

De acordo com o delegado Ricardo de Oliveira Franco, as provas produzidas e indícios reunidos no inquérito demonstram a liderança do empresário no planejamento e execução de diversos crimes patrimoniais ocorridos na região. Ele planejava, apontava e indicava aos comparsas do grupo criminoso os lugares para executar os roubos, entre eles o que ocorreu no condomínio de chácaras onde três propriedades foram alvos do grupo. Em uma delas, o advogado João Anaides Cabral Neto foi morto.

O CASO

O advogado João Anaídes foi morto no dia 18 de julho, depois de ir ao rancho passar o final de semana com amigos. Durante a madrugada, o local foi invadido por criminosos. Logo depois, os ladrões anunciaram o roubo, amarraram o advogado e o colocaram em um dos quartos da propriedade.

Na sequência, os criminosos atiraram em João. O advogado morreu ainda no local. A motivação, no entanto, ainda é desconhecida. Após o crime, os assassinos pegaram diversos objetos de valor da vítima e fugiram no carro do advogado.

Três dos criminosos identificados na investigação do latrocínio já estão presos. Um deles é funcionário do contador. No decorrer da apuração para esclarecer o latrocínio, a Polícia Civil chegou a outros dois crimes cometidos pelo mesmo grupo criminoso. Um ocorreu em Cuiabá e outro foi executado no mês de abril deste ano, em Juscimeira.

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