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Policiais condenados por crimes graves retornam à PM após o fim das penas


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O levantamento também identificou outros oito oficiais condenados que seguem trabalhando na PM
Foto: Reprodução

O levantamento também identificou outros oito oficiais condenados que seguem trabalhando na PM

O major Edson Raimundo dos Santos, ex-comandante da UPP da Rocinha, no Rio de Janeiro, condenado a 13 anos por torturar até a morte o pedreiro Amarildo dos Santos, voltou ao quadro de oficiais da PM do Rio. O retorno foi publicado no Diário Oficia e significa, na prática, que ele entra na fila para ser promovido a tenente-coronel e pode voltar a exercer funções dentro da corporação. O tenente Luiz Felipe de Medeiros, braço-direito de Santos na UPP à época, também já voltou ao trabalho: recebeu uma pena um pouco menor, dez anos. Ele hoje é do Comando de Operações Especiais (COE), como chefe da Reserva de Material Bélico, responsável pelo controle de armamento e munição da unidade. 

Um levantamento feito pelo jornal Extra com base em dados da PM obtidos via Lei de Acesso à Informação revela que oito oficiais condenados por crimes graves — como roubo, tortura, corrupção — conseguiram voltar à corporação após cumprirem suas penas. O levantamento também identificou outros oito oficiais condenados que seguem trabalhando na PM enquanto recorrem da sentença em liberdade.

No caso de Santos e Medeiros, um colegiado de três oficiais opinou pela expulsão e o comandante da PM concordou com o parecer. Mas, a decisão só não foi cumprida porque, desde então, a dupla vem impetrando uma enxurrada de recursos no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Enquanto isso, Santos e Medeiros seguem recebendo salários normalmente. Em fevereiro, eles embolsaram, respectivamente, R$ 16.633,89 e 8.197,40.

Fonte: Extra

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