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Polícia investiga associação por liberar internet para presos de MT

Divulgação/PJC

Uma associação foi alvo de uma operação da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), na manhã desta quarta-feira (31), suspeita de facilitar o acesso de internet para reeducandos de Cuiabá. Segundo a investigação, eles davam assistência aos presos, financiando e até integrando a organização criminosa.

De acordo com as informações da assessoria do órgão, Associação Guerreiras da Fé, com sede no bairro Jardim Industriário, é composta por mulheres que fazem visitas aos presos, são elas, mães, esposas, irmãs, filhas e amigas do reeducandos, principalmente aqueles com ligação com o Comando Vermelho.

O local entrou na mira da polícia após apreensões de celulares na Penitenciária Central do Estado (PCE). Os aparelhos estavam conectados em uma rede móvel de internet externa para a comunicação dos presos com o ambiente exterior, facilitando assim, as atividades criminosas.

Internet e rádio para presos

Vale ressaltar que, em 2021, a mesma associação foi alvo de uma operação. Dessa vez, a Polícia Federal que fechou uma rádio clandestina que operava no local. Na ocasião, foram cumpridos mandados de busca e apreensão de diversos equipamentos eletrônicos utilizados para o funcionamento da rádio.

A investigação da GCCO apontou que, mesmo após o fechamento na época das diligências, a rádio continuou em pleno funcionamento. A equipe policial apurou que a sintonização da rádio serve como meio de comunicação de “recados” aos presos que se encontram detidos na PCE.

A associação, administrada por A.S.S.F., é conhecida como grupo das ‘jumbeiras’ e além das visitas aos detentos nas unidades prisionais, faz o atendimento a familiares dos presos, principalmente de uma facção criminosa. A líder da associação é bastante conhecida nas unidades penais da capital.

“A investigação apontou que a referida associação está intimamente ligada ao crime organizado, especialmente uma determinada organização criminosa, com aparato para atender as ‘ordens’ da facção e amparando seus familiares”, pontuou o delegado responsável pela investigação, Rafael Scatolon.

O cumprimento das buscas nesta quarta-feira contou com apoio de equipe do 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros da capital.

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Gazeta Digital
Foto: Divulgação/PJC

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