Polícia encontra corpo de jovem que estava desaparecido há um mês

O corpo do jovem Pablo Ronaldo Coelho dos Santos, 23 anos, foi encontrado na noite dessa quarta-feira (31) em uma região de mata, em Nova Ubiratã (502 km de Cuiabá). Ele estava desaparecido desde abril e teria sido morto por ter feito sinal do Primeiro Comando da Capital (PCC) em vídeo

De acordo com a Polícia Civil, Pablo veio do interior de São Paulo para trabalhar No norte do Estado. No dia 19 de abril, ele e um colega foram sequestrados quando estavam em um bar da cidade. Os dois foram levados até uma casa, foram torturadas por membros de uma facção criminosa.

O motivo do crime foi porque, supostamente, Pablo teria feito um sinal em um vídeo que os criminosos interpretaram como sendo do PCC.

Durante diligências, um dos rapazes foi localizado no dia 21 de abril. Ele conseguiu fugir do veículo enquanto estava sendo levado pelos criminosos para uma área afastada da cidade, a mesma região onde Pablo foi morto e o corpo ocultado.

A partir das informações relatadas pela vítima sobrevivente, os policiais localizaram a residência onde os amigos foram torturados. No local foram encontrados documentos das duas vítimas e um bandido foi preso. O criminoso contou que Pablo e o amigo foram agredidos fisicamente e, no dia seguinte, levados a um local afastado da cidade, na rodovia MT-242. No trajeto, um dos jovens conseguiu escapar do veículo.

Na continuidade das diligências, próximo à área onde Pablo teria sido morto, os policiais localizaram outro bandido, que reagiu à abordagem das equipes e acabou ferido e morreu no hospital da cidade.

No primeiro momento, foram feitas buscas na região, inclusive com apoio do Corpo de Bombeiros e emprego da cadela farejadora Maya, mas o corpo de Pablo não foi localizado.

Nesta quarta, as buscas foram retomadas na região e os restos mortais foram localizados. A mãe de Pablo Ronaldo foi comunicada ainda pela noite, pelo delegado Bruno França, e agradeceu o esforço dos policiais na investigação.

A ossada foi recolhida pela Politec para exames periciais e somente após a análise será liberada para os trâmites funerários.

O delegado Bruno França instaurou dois inquéritos policiais, um em relação à vítima sobrevivente, que foi concluído. O outro inquérito, que investiga a tortura, homicídio e ocultação de cadáver de Pablo Ronaldo, está em andamento.

Todos os envolvidos responderão pelos crimes de homicídio tentado e homicídio consumado qualificado, ocultação de cadáver, tortura e integração de organização criminosa.