Política

MP conclui que assassinato de idosa de 84 anos em Cuiabá não foi feminicídio

Suspeito responderá por latrocínio

MP conclui que assassinato de idosa de 84 anos em Cuiabá não foi feminicídio

O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) concluiu nesta sexta-feira (19) que, com base nas informações colhidas durante a investigação, oassassinato da idosa Horaide Bueno Stringuini, de 84 anos, não foi feminicídio. Horaide foi morta no dia 28 de março, após ter a casa invadida, em Cuiabá.

Inicialmente o suspeito foi indiciado pelos crimes de roubo qualificado, estupro com resultado morte, homicídio qualificado por motivo fútil – recurso que impossibilitou a defesa da vítima – e feminicídio.

No entanto, após a mudança na tipificação do crime o homem deixa de responder por feminicídio e passa a responder por latrocínio.

Segundo o MP, a dinâmica utilizada pelo suspeito reforça que ele possuía a intenção de se apropriar de bens da idosa para vender ou trocar por entorpecentes, confirmando que houve latrocínio.

Ainda de acordo com o órgão, não é porque uma mulher foi assassinada que o crime em questão é o de feminicídio, já que é preciso investigar a intenção do autor do crime.

A Polícia Civil informou que o denunciado confessou o crime, alegando que entrou na residência para roubar o celular e dinheiro da idosa e, depois, usar os itens para comprar drogas e bebidas alcoólicas.

Quem comete o crime de feminicídio pode receber pena de 12 a 30 anos. Já para o crime de latrocínio, a pena é de 20 a 30 anos de prisão, conforme o artigo 157 do Decreto Lei nº 2.848/1940.

Ainda segundo a polícia, as investigações começaram com a análise das imagens das câmeras de segurança de uma distribuidora de gás. Na gravação, foi possível ver o momento em que o suspeito pulou o muro da casa da idosa.

O corpo de Horaide foi encontrado no final da manhã do dia 28. Ela estava sobre a cama, seminua, com sinais de violência sexual e duas perfurações no tórax, causadas por uma faca. A arma usada no crime foi encontrada em um terreno ao lado da casa da vítima.

J1
Foto: reprodução

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