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Marielle e Anderson: ato vai entregar petição pelos três anos das mortes


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Morte da vereadora e do motorista completa três anos sem solução
ESTADÃO CONTEÚDO

Morte da vereadora e do motorista completa três anos sem solução


Para marcar os três anos da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes , completos no próximo domingo (14), a Anistia Internacional Brasil vai entregar ao governador em exercício do Rio, Cláudio Castro , e ao procurador-geral da Justiça do Rio, Luciano Mattos, uma petição representando as mais de  um milhão de assinaturas colhidas no Brasil e no mundo, que exigem justiça.

Devido à pandemia do novo coronavírus , a Anistia decidou por realizar uma ação móvel para o ato “Vozes por Marielle e Anderson”. Um caminhão com um painel de led passará pelo local onde a vereadora e o motorista foram assassinados, pelo Palácio Guanabara e pelo Ministério Público do Rio ( MPRJ ), com a mensagem “três anos é muito tempo sem respostas! Exigimos justiça para Marielle e Anderson”.

“A Anistia Internacional Brasil cobra por justiça desde o início do caso. Três anos é tempo demais para não se saber quem mandou matar Marielle e por quê. Nossa mobilização exigindo justiça rompeu as fronteiras do Brasil e ganhou adesão de milhares de pessoas ao redor do mundo. Assim como nós, elas levam a injustiça feita com Marielle e Anderson para o lado pessoal e se unem para exigir que o caso seja solucionado definitivamente e os executores e mandantes sejam processados, julgados e responsabilizados”, explicou Jurema Werneck, diretora-executiva da Anistia Internacional Brasil.

O movimento reuniu mais de 10 idiomas em mensagem da Alemanha, Argentina, Chile, Espanha, França, México, Mongólia, Nova Zelândia, Suécia, Taiwan, Ucrânia, entre outros. No dia 14, a Anistia vai lançar um vídeo nos seus perfis oficiais nas redes sociais. Narrado pela atriz Taís Araújo, a história de Marielle será lembrada junto com a de outras 11 defensoras de direitos humanos.

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“No Brasil e no mundo, defensores dos direitos humanos ainda são ameaçados, perseguidos e assassinados. Nosso país é o terceiro mais perigoso para defensores de direitos humanos e do meio ambiente. Os Estados devem garantir a segurança e a liberdade de atuação dessas pessoas que lutam pelos direitos humanos, além de garantir que, caso seus direitos sejam ameaçados ou violados, sejam realizadas investigações sérias, imparciais e efetivas que levem à identificação e julgamento dos responsáveis. A impunidade não pode ser a resposta para o brutal assassinato de Marielle”, disse Jurema. 

Segundo a Anistia Internacional Brasil, junto com o Instituto Marielle Franco, o movimento enviou pedidos de audiências online para se reunirem com o governador em exercício e com o procurador-geral do Rio. Até o momento, segundo a Anistia, não houve resposta. Os pedidos também marcam as ações pelos três anos do assassinato da vereadora e do motorista. Caso sejam aceitos, serão os primeiros encontros da Anistia e das famílias de Marielle e Anderson com o governador e o procurador. 

“Enquanto as autoridades não resolverem esse crime, elas estão enviando uma mensagem clara a brasileiros e brasileiras e ao mundo que violações contra defensores dos direitos humanos são permitidas no Brasil. Exigir justiça para Marielle é não permitir que outro assassinato de defensores dos direitos humanos fique impune. O governador em exercício do Rio, Cláudio Castro, e o procurador-geral do Estado do Rio de Janeiro, Luciano Mattos, precisam ser transparentes para que a sociedade brasileira e a comunidade global saibam o que fizeram no ano passado para garantir justiça por Marielle”, afirma a diretora-executiva.


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