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José Sarney destaca a força das instituições nos 40 anos da redemocratização do Brasil

Sarney destacou a necessidade de vigilância para garantir a continuidade das liberdades conquistadas

Marcelo Camargo/Agência Brasil 

No evento que celebrou os 40 anos da redemocratização do Brasil, o primeiro presidente do período pós-ditadura, José Sarney, destacou a solidez das instituições democráticas construídas desde então. Homenageado na cerimônia realizada neste sábado (15) no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, Sarney enfatizou que, apesar dos desafios políticos, o país tem mantido sua estabilidade democrática.

“Passamos por esse período de regime democrático sem nenhum hiato, sem nenhuma erupção. A transição democrática funcionou, e nós tivemos a oportunidade de convocar, constituir e concluir o processo de transição com a promulgação da Constituição de 1988”, afirmou o ex-presidente.

Sarney pontuou que, mesmo diante de momentos turbulentos, como dois processos de impeachment e tentativas de abalar o Estado de Direito, as instituições se mostraram resilientes.

“Tivemos a certeza de que as instituições criadas por nós durante a transição foram tão fortes que já atravessaram dois impeachments e uma tentativa de mudança do Estado de Direito”, disse.

O ex-presidente também mencionou a atuação independente do STF (Supremo Tribunal Federal), que, segundo ele, tem julgado os casos com base nas leis e nas provas apresentadas. “Nós não temos crise nenhuma, estamos em plena democracia funcionando, como qualquer país. Nos Estados Unidos, eles enfrentaram quase a mesma situação e não abalaram a democracia americana. E aqui também não, porque estamos com instituições muito fortes: as Forças Armadas, o Congresso e os tribunais”, ressaltou.

Por fim, Sarney destacou que a democracia brasileira amadureceu ao longo dos últimos 40 anos e está consolidada na consciência da população. “Nossa democracia, ela amadureceu. Está pronto aí no coração dos brasileiros, com um sentimento que cada um de nós, com uma consciência democrática”, concluiu.

O Brasil celebra neste sábado (15) quatro décadas de democracia ininterrupta, o período democrático mais longo desde a Proclamação da República, em 1889. O fim da ditadura militar e a transição para um governo civil marcaram um novo capítulo na história do país, consolidado com a promulgação da Constituição de 1988.

R7

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