A vítima procurou o Núcleo de Atendimento à Mulher de seu município e contou que seu ex-convivente tem feito ameaças de morte constantes após ela pedir a separação, fato que o suspeito não aceita. Ela relatou ainda que, nos últimos meses, o suspeito demonstrou um comportamento cada vez mais agressivo, o que motivou sua decisão de separação.

De acordo com o relato, ele a ameaçou com arma de fogo e a agrediu com chutes, tapas, empurrões e puxões de cabelo, geralmente motivado por ciúmes.

Na noite de quarta-feira, a vítima encontrou o suspeito com uma faca na mão e ao tentar dormir, ele a violentou sexualmente antes de usar o travesseiro para tentar sufocá-la. Além das agressões físicas, o agressor parou de comparecer ao trabalho para vigiar a vítima e impedi-la de sair de casa.

A equipe de investigação do Núcleo de Atendimento à Mulher foi à casa da vítima e localizou o suspeito, que foi detido em flagrante. Durante o interrogatório, ele negou as acusações e tentou amenizar a gravidade dos fatos denunciados, dizendo que teria se exaltado, que foi “mal interpretado” quando ameaçou a vítima e que já estava de “malas prontas” para sair da residência.

O agressor tem registro criminal anterior, em 2022, envolvendo uma ex-companheira, registrando o mesmo comportamento atual quando a vítima expressou vontade de terminar o relacionamento.

“O suspeito tem uma percepção de impunidade, pois agrediu a vítima de maneira sistemática e repetitiva e a prisão cautelar mostra-se como medida adequada e proporcional à gravidade dos atos cometidos e necessária à proteção da vítima”, pontou a delegada Jéssica Assis ao encaminhar a representação pela conversão do flagrante em prisão preventiva considerando os crimes de ameaça, perseguição, violência psicológica, dano qualificado e estupro.

Nesta sexta-feira, o juízo da Comarca de Sorriso converteu a prisão em flagrante em preventiva e o investigado segue preso no centro de ressocialização do município. 

 

Gazeta Digital

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