Esportes

Heitor Wallas, atleta mato-grossense de Futsal para Surdos, é convocado para os jogos de pré-leção do mundial este ano

A competição acontecerá neste fim de semana e servirá para avaliação técnica dos atletas com a condição da surdez.

O rondonopolitano, Heitor Wallas, 28 anos, é único jogador de futsal profissional de desportos, na modalidade surdez, covocado para a temporada de jogos que acontecerão neste fim de semana, 08 e 09, em São Paulo e que servirão para preparação e avaliação rumo ao Copa do Mundo de Futsal para Surdos na Itália este ano.

Correndo contra o tempo e com condições financeiras quase limitadas, onde, os custos com as despesas dos campeonatos são mantidos através de seu trabalho formal na função de estoquista em uma loja de material de construção da cidade de Rondonópolis, Mato Grosso, Heitor, que foi eleito o melhor jogador do Campeonato Brasileiro de Futsal na sua condição no ano passado, também, campeão pelo Pan-americano, não se abala pela falta de estrutura e segue confiante em ser convocado oficialmente para o mundial em junho. O atleta contou à reportagem como funcionará os jogos mistos e que servirão de avaliação à Itália:

– “Estamos indo treinar com o bjetivo da avaliação dos atletas da Seleção Brasileira de Desporto de surdos CBDS. Lá, iremos jogar contra times profissional de ouvintes e seremos avaliados há todo tempo. Depois disso, sairá em Março ou Abril a convocação dos atletas para jogarem na Copa do Mundo de Futsal para Surdos”.

Ainda contando sobre este momento, o jovem promissor carrega consigo a sensibilidade e coerência em poder representar o esto de Mato Grosso nesta seletiva:

-“A importância de eu ir participar, mostra o talento e a capacidade que sou movido pelo desafio da luta de libras e esporte da pessoa com deficiência e orgulho da inclusão para todos. Sou o único de Mato Grosso que fui convocado e a responsabilidade só aumenta em representar o meu estado”. Disse.

O treinamento de cada atleta surdo é feito in loco nos seus estados de origem, muitas das vezes contando com o apoio dos espaços das Associações de Surdos locais, sendo esse o caso do Heitor. Os treinos são passados de forma online pela equipe técnica da CBDS – Confederação Brasileira de Desporto para Surdos, que se dividem entre Uberlândia, Minas Gerais, e Brasília, formando uma comissão de quatro pessoas, e, estando juntos dos seus jogadores nestes dois dias de final de semana em que o time da CBDS enfrentará as rodadas chavistas contra as equipes Diprima Futsal, União de Mônaco e Real Futsal, suas performances contra os ouvintes serão analisadas um a um, para que a seleção brasileira não faça feio na Itália.

Indagado sobre o que lhe mais faz falta neste momento, o jogador levanta a tese do patrocínio:

-“O que mais sinto falta é de um patrocínio para me apoiar nas viagens dos campeonatos, eu tenho que arcar com tudo, divido o meu salário com as despesas da casa com a minha mãe e os jogos, as vezes o governo de MT me ajuda, depende muito, e quando essa ajuda não chega, pago do meu bolso. Precisamos ser mais reconhecidos.” Finalizou.

Via assessoria

Fotos: acervo pessoal

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