Polícia

Governo exonera 4 servidores alvos do Gaeco de cargos comissionados na Sema

Eles ainda estão afastados de cargos efetivos por determinação judicial

Governo exonera 4 servidores alvos do Gaeco de cargos comissionados na Sema

O Diário Oficial do Estado desta sexta-feira (22) trouxe a demissão de quatro servidores da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) dos cargos comissionados que eles estavam lotados. Os funcionários que foram alvos da Operação Desbaste, deflagrada na quinta-feira (21) e são concursados, por isso não podem ser exonerados.

Isso significa que eles apenas saem dos cargos de comissão, mas permanecem na secretaria. Os quatro já haviam sido afastados das funções por determinação da Justiça.
 
Foram demitidos dos cargos Ricardo Heinen, Borges Da Silva, Eduardo Silva Penna, Floriano da Cunha Pinheiro e Bruna Ribeiro de Oliveira. Além deles, outros nove servidores foram afastados do trabalho na operação do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
 
Segundo as investigações, eles fazem parte de um esquema para fraudar licenciamentos ambientais e os sistemas de controle ambiental. Na prática, eles declaravam que áreas de proteção poderiam ser desmatadas, já que no sistema eles não eram declaradas como tal.
 
Os envolvidos responderão pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistemas de informação, corrupção e outros crimes contra a administração ambiental, dentre outros, cujas penas máximas somadas podem chegar a mais de 20 anos. Na operação foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão e 17 medidas cautelares. Ação foi realizada em Cuiabá, Sinop, Cláudia, Santa Carmen, Feliz Natal, Alta Floresta e Colniza.
 
As investigações começaram em 2021 e foi apurado o envolvimento de empresários, responsáveis técnicos e servidores públicos que produziam documentos falsos para inserir informações falsas nos sistemas da Sema. Para que as fraudes fossem cometidas na Secretaria, os funcionários recebiam propina. Em apenas uma das propriedades beneficiadas pela quadrilha o dano ambiental foi avaliado em cerca de R$ 66 milhões.
 
J1
Foto: Ascom-PJC

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