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Governo divulga itens danificados por terroristas pró-Bolsonaro no Palácio do Planalto; veja lista

Por g1 — Brasília

Bolsonaristas terroristas fazem pelo menos seis rasgos na tela "As Mulatas", do Di Cavalcanti, que fica no terceiro andar do Planalto — Foto: Reprodução/Twitter

Bolsonaristas terroristas fazem pelo menos seis rasgos na tela “As Mulatas”, do Di Cavalcanti, que fica no terceiro andar do Planalto 

O Palácio do Planalto divulgou nesta segunda-feira (9) uma lista preliminar de itens que foram danificados por uma minoria radical de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste domingo (8).

Segundo o governo, ainda não foi feito um levantamento “minucioso” das peças destruídas, mas a avaliação preliminar mostra que pinturas, esculturas e peças de mobiliário foram danificadas.

“Os terroristas que invadiram o Palácio do Planalto neste domingo vandalizaram e destruíram parte importante do acervo artístico e arquitetônico ali reunido e que representa um capítulo importante da história nacional”, diz trecho da nota.

Entre os itens destruídos, está a obra “As Mulatas”, de Di Cavalcanti, cujo preço estimado é de R$ 8 milhões.

Estão na lista também a escultura “O Flautista”, de Bruno Jorge, avaliada em R$ 250 mil; e uma em madeira de Frans Krajcberg, estimada em R$ 300 mil.

Lista

Veja a lista preliminar de itens danificados no térreo do Palácio do Planalto:

  • Obra “Bandeira do Brasil”, de Jorge Eduardo, de 1995 — a pintura, que reproduz a bandeira nacional hasteada em frente ao palácio e serviu de cenário para pronunciamentos dos presidentes da República, foi encontrada boiando sobre a água que inundou todo o andar, após vândalos abrirem os hidrantes ali instalados
  • Galeria dos ex-presidentes — totalmente destruída, com todas as fotografias retiradas da parede, jogadas ao chão e quebradas
Vândalos destruíram galeria de presidentes do Palácio do Planalto; veja devastação
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  • O corredor que dá acesso às salas dos ministérios que funcionam no Planalto foi vandalizado. Há muitos quadros rasurados ou quebrados, especialmente fotografias. O estado de diversas obras não pôde ainda ser avaliado, pois é necessário aguardar a perícia e a limpeza dos espaços
Dia seguinte: veja como ficaram áreas de cerimônias do Palácio do Planalto após vandalismo
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No terceiro andar:

  • Obra “As mulatas”, de Di Cavalcanti — a principal peça do Salão Nobre do Palácio do Planalto foi encontrada com sete rasgos, de diferentes tamanho. A obra é uma das mais importantes da produção de Di Cavalcanti. Seu valor está estimado em R$ 8 milhões, mas peças desta magnitude podem alcançar valores até 5 vezes maior em leilões
  • Obra “O Flautista”, de Bruno Jorge — a escultura em bronze foi encontrada completamente destruída, com pedaços espalhados pelo salão. Está avaliada em R$ 250 mil
  • Escultura de parede em madeira de Frans Krajcberg — quebrada em diversos pontos. A obra se utiliza de galhos de madeira, que foram quebrados e jogados longe. A peça está estimada em R$ 300 mil
  • Mesa de trabalho de Juscelino Kubitscheck — exposta no salão, a mesa foi usada como barricada pelos terroristas. Avaliação do estado geral ainda será feita
  • Mesa-vitrine de Sérgio Rodrigues — o móvel teve o vidro quebrado
  • Relógio de Balthazar Martinot — o relógio de pêndulo do Século XVII foi um presente da Corte Francesa para Dom João VI. Martinot era o relojoeiro de Luís XIV. Existem apenas dois relógios deste autor. O outro está exposto no Palácio de Versailles, mas possui a metade do tamanho da peça que foi completamente destruída pelos invasores do Planalto. O valor da peça não foi informado.
Ministro Paulo Pimenta mostra gabinete destruído no Palácio do PlanaltoRecuperação

O governo informou que é possível realizar a recuperação da maioria das obras destruídas.

Entretanto, segundo o Palácio do Planalto, é considerada “muito difícil” a restauração do Relógio de Balthazar Martinot.

Relógio de pêndulo do Século XVII, presente da Corte Francesa para Dom João VI, antes de ser destruído por bolsonaristas radicais — Foto: Reprodução

Relógio de pêndulo do Século XVII, presente da Corte Francesa para Dom João VI, antes de ser destruído por bolsonaristas radicais — Foto: Reprodução

 

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