“Na maioria das vezes, não. Claro que a gente precisa analisar caso a caso. Se a gente pega uma pessoa idosa, é muito comum ter disfunção erétil por uma causa física, e com pessoas mais jovens, o mais comum é perder a ereção por causa da ansiedade, o nervosismo na hora acaba atrapalhando. Agora, claro, se a pessoa estiver sem interesse algum, é difícil sustentar uma ereção”, avalia o médico urologista João Brunhara.

Quais são as causas da perda da ereção?

“Se ele tiver essa consciência de que é normal ele ‘brochar’ de vez em quando… Mas o que acontece? Ele ‘brochou’ uma vez, em uma segunda vez, entra aquela ansiedade, de ‘Meu Deus, será que eu vou funcionar?’, e aí ele pode ‘brochar’ de novo”, diz Dani. A essa ansiedade a qual se refere a sexóloga damos o nome de “ansiedade por temor de desempenho”.

Idade, hipertensão, diabetes, colesterol, alterações hormonais, doenças cardiovasculares, histórico de AVC e de cirurgia e radioterapia por câncer de próstata são outras coisas que agregam risco, assim como o tabagismo e o alcoolismo.

Tomar Viagra e tadalafila adianta?

“Quando é meramente psicológico, o cara é um pouco inseguro, falhou algumas vezes, perdeu a confiança, às vezes era uma ou duas vezes dando certo para ele afastar aquele excesso de preocupação e voltar à rotina. Então, acaba até dando certo, mas por caminhos tortos, porque a gente precisa saber se a pessoa não tem nenhuma contraindicação. Agora, acontece também de ir por esse caminho e não ter sucesso, por exemplo, quando tem alguma questão hormonal ou outros fatores que são tão simples, que só o Viagra não consegue resolver”, responde João Brunhara.

Buscando o culpado…

Foi ele ou foi você? Antes de você sair buscando o culpado por uma relação que não aconteceu, a sexóloga lembra: “A ereção faz parte da excitação, e não do desejo. Então, pode acontecer, sim, de o homem estar com a mulher e sentir vontade, mas não ter a excitação, e o marco da excitação do homem é a ereção. E ele pode também ter a excitação, e o organismo dele não estar funcionando bem, que é a maioria dos casos”.

 

** Gabrielle Gonçalves é jornalista formada pela UNESP e atua como repórter do iG Delas e do iG Receitas.

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