Opinião

Editorial:Além das fake news: Agora temos os fake numbers

O uso de números podem ser uma arma poderosa, para dar um ar de verdade a notícias falsas.

Virou moda nas redes sociais, as tais Fake News, que agora vem acompanhadas de números falsos, ou os fake numbers. Esses números tem a intenção de dar veracidade as notícias falsas. Em mãos ágeis os dados adulterados, baseados em números falsos tentam dar aparência de verdade a esse tipo de informação, alerta Charles Seife, professor de jornalismo na Universidade de Nova York.

Não se trata de discussão meramente acadêmica. Charles é autor da obra “Os Números (Não) Mentem”, publicado no Brasil pela Editora Zahar.  

O Brasil tem se mostrado um terreno bem apropriado para as fake News e os fake numbers. Pesquisa recente feita pelo instituto Ipsos em 27 países, incluindo o nosso, mostra que o brasileiro é o campeão em cair no conto do vigário digital, 62% dos entrevistados admitiram ter acreditado em notícias falsas, índice bem acima da média mundial que não passa de 48%.

Muitos de nós, até por termos sido enganados no passado, acreditando em notícias falsas, estamos propensos a checar as informações que nos chegam pelas redes sociais, ou por sites sem referência.

É preciso ficar atento e verificar antes de qualquer coisa a origem do conteúdo, se o veículo tem credibilidade no meio jornalístico, se o fato é autêntico ou não, agindo assim podemos evitar que as fake news se propague levando desinformação ao grande público.

Observamos uma enxurrada de notícias falsas nas eleições presidenciais, nessa disputa, os candidatos que se enfrentaram no segundo turno, se esmeraram em divulgar mentiras a respeito de um e de outro, chegaram a montar comitês com pessoas especializadas em criar factoides e dispara-las nas redes sociais. Entretanto, não se preocuparam em mentir descaradamente aos eleitores, que por sua vez no auge da paixão política, dava como certa as informações e as replicavam como se fossem verdadeiras.  

Justiça seja feita, não se pode responsabilizar com exclusividade nem direita nem esquerda pelo uso de contas manipuladas. O artifício é suprapartidário.

Da editoria/Foto:Internet

 

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