Opinião

EDITORIAL: Insubordinação, mesmo que velada, se corta pela raiz

Para celebrar o Dia do Marinheiro no próximo dia 13, a Marinha do Brasil, fez uma crítica velada a proposta do governo de cortes no orçamento das Forças Armadas. O vídeo de 1 minuto e 16 segundos, foi exibido no último domingo na Praça dos Três Poderes, em Brasília, para marcar a cerimônia de troca da bandeira do Brasil.  Este vídeo é um sinal claro da insatisfação das Forças Armadas com o pacote econômico do governo que prevê cortes de gasto, também para as Forças Armadas.

Sabemos que as Forças Armadas, constituídas pela Marinha, Exército e Aeronáutica, servem para: Defender a Pátria, a soberania do Brasil, a honra e a integridade do país, garantir a ordem e a segurança interna, assegurar os poderes constitucionais, proteger o cidadão e os bens do país, defender os recursos naturais, industriais e tecnológicos brasileiros. Nunca para fazer ameaças, mesmo que veladas aos poderes constituídos, para isso tem os canais apropriados

Entendemos que as autoridades competentes devem tomar as medidas necessárias para que isso não volte a acontecer, a começar pela substituição do comandante, medida exemplar, que com certeza abaixaria o facho dos comandantes das outras armas.

Isso cheira a insubordinação, e deve ser punida exemplarmente, para que a nação possa ter paz e tranquilidade interna. Nos anos 60 tivemos a usurpação da democracia e vivemos tristes e longos anos de uma ditadura militar que teve fim com o movimento Diretas Já.

Nesse período enfrentamos o Ato Institucional nº 5, o mais violento de todos, devemos esquecê-lo? Não, melhor lembra-lo, para que não aconteça de novo.

Nesse período 500 pessoas perderam seus direitos políticos, 95 deputados e 4 senadores seus mandatos, políticos como Carlos Lacerda e o ex-presidente Juscelino Kubitschek, foram presos. Vinte mil pessoas foram torturadas, 434 mortas ou desaparecidas, e 4.841 representantes eleitos pelo povo, destituídos de seus cargos.

Em caso de insubordinação o governo precisa agir com firmeza, para serenar os ânimos.

José Carlos Garcia/da editoria

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