Opinião

Editorial: Chovendo no molhado, mas a terra continua seca.

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Não é de hoje, que batemos na tecla do abandono do centro histórico de Rondonópolis, este site criado em abril de 2019 já na sua primeira edição abordou o tema, com o título, “O descaso das autoridades com o centro antigo de nossa cidade”. Em vários outros momentos voltamos ao assunto, nem uma palha foi movida, nem uma ação foi tomada, nuca foi feito um estudo para revitalizar este espaço que compreende o quadrilátero entre as Ruas Fernando Correa da Costa até a Rosa Bororo, da avenida Av. Dom Wunibaldo até a avenida Presidente Kennedy, onde surgiram as primeiras construções na cidade.

De uns anos para cá, várias áreas foram adquiridas por gente graúda da sociedade, com o fim específico para especulação imobiliária. Seus atuais donos alguns até demoliram casas antigas que tinham um apelo histórico, muraram e deixara a mercê da valorização, mas o tiro saiu pela culatra, pois houve desinteresse por parte das construtoras que preferem investir em outras áreas da cidade, com isso aquela região se tornou pontos de prostituição, bares onde reúne os famosos “pés inchados”, vendedores de drogas, causando um afastamento de investidores, que poderiam construir na região, mas  devido à má fama do local, poucas são as construções modernas que um ou outro empresário arriscam em fazer.

Quando não é a usura dos latifundiários de plantão que pedem valores exorbitante por suas propriedades afastando de vez os interessados, são os imóveis tombados, que atrasam o desenvolvimento. Esses tombamentos feitos de maneira pouco criteriosa, por pessoas que não conhecem a história de muitos prédios, exemplo do velho Cine Meridional, que foi construído na década de 50, para abrigar uma sala cinematográfica, no início dos anos 60 foi reformado para abrigar a famosa Padaria Pão Gostoso, e foi nesses termos que o imóvel foi tombado, hoje estão preservando uma construção não original. (preservando entre aspas). Pois o edifício está totalmente abandonado em risco de cair, pois tem árvores com mais de dez anos crescendo em seus alicerces.

A nova e atual administração precisa olhar urgentemente para esta realidade, criando um comitê com pessoas capacitadas para fazer um estudo e um plano sério de reconstrução desse que foi o berço da cidade, pois corremos o risco de perder para sempre a história e o patrimônio construídos por nossos antepassados.

José Carlos Garcia/da editoria

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