Do leitor

Do leitor: BEBER, CAIR E…

Não quero aqui fazer nenhuma apologia à bebida, mas, sim, tecer um breve comentário sobre os possíveis efeitos do álcool em diferentes pessoas.

Tem pessoas que bebem e ficam engraçadas, divertem a turma.

Tem outras, que ficam letárgicas, dormem na mesa, no chão, em qualquer lugar.

Outras ficam irritadas e agressivas, sempre acham que os outros estão olhando para elas com olhar de reprovação, querendo algo que elas não têm ou não querem dar.

Tem quem prefere beber sozinho. Ficam olhando o copo, perdidos em seus pensamentos.

Tem também aqueles que saem para beber em grupo e no meio da “festa” se afastam e ficam só observando o ambiente, com o copo na mão e um sorriso enigmático.

Em alguns casos, detetives e policiais dizem que o assassino só fez o que fez por que estava alcoolizado. Não acredito nisso.

Do meu ponto de vista, muitos assassinos podem ter agido sob o efeito do álcool, mas nem todas as pessoas que se encontram sob o efeito de álcool se tornam assassinas. Isso significa que não é álcool que transforma uma pessoa em assassina ou qualquer coisa nesse sentido.

A agressividade, a violência, o desejo de ferir alguém são sentimentos que certos indivíduos, seja lá por que motivo for, trazem dentro de si e, assim que têm uma oportunidade, colocam em prática, uma, duas ou mais vezes. Nesses casos, o álcool pode até contribuir na liberação de adrenalina que mantém o corpo alerta para situações de fortes emoções ou estresse, mas não pode ser responsabilizado pela decisão de tirar a vida de uma pessoa. Assassinar alguém, a não ser em casos de legítima defesa, é uma decisão que geralmente é tomada por uma pessoa desequilibrada mentalmente, ou que tem muito ódio no coração ao ponto de considerar “o outro” nada mais que um obstáculo a ser eliminado.

Além das considerações acima, é preciso lembrar que há pessoas que são mais suscetíveis que outras a se tornarem dependentes do álcool. Como só descobrirá se é um dependente na medida em que iniciar uma aventura pelos bares da vida, ou a levar bebidas para casa, o melhor e sempre beber com moderação.

(*) Wilse Arena da Costa, Profa. Doutora em Educação. Palestrante, Escritora e Membro Fundadora da Academia Rondonopolitana de Letras/MT, Cadeira n°10

 

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