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Datafolha: rejeição a Bolsonaro na condução da pandemia bate recorde e vai a 54%


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Em outro dado colhido pelo instituto, 44% reprovam o governo como um todo – eram 40% no fim de janeiro
Marcos Corrêa/PR

Em outro dado colhido pelo instituto, 44% reprovam o governo como um todo – eram 40% no fim de janeiro

Em meio à sequência de recordes diários na média móvel de casos de coronavírus e com o país se aproximando do patamar de 3 mil mortes por dia – foram 2.798 nesta terça-feira –, mais da metade dos brasileiros, pela primeira vez, rejeitam a gestão do  presidente Jair Bolsonaro na condução da pandemia. Pesquisa Datafolha divulgada na noite desta terça-feira pelo jornal “Folha de S. Paulo” mostra que 54% da população avaliam como ruim ou péssima a atuação presidencial na crise sanitária. Em outro dado colhido pelo instituto, 44% reprovam o governo como um todo – eram 40% no fim de janeiro.

A avaliação negativa sobre a postura do governo no enfrentamento à Covid-19 deu um salto de seis pontos percentuais em dois meses – o índice era de 48% em janeiro. Por outro lado, hoje, 22% acreditam que a atuação é ótima ou boa, enquanto 24% afirmam que é regular – os patamares, em janeiro, eram de 26% e 25%, respectivamente.  O Datafolha ouviu por telefone 2.023 pessoas nos dias 15 e 16 de março. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.

Por segmento, a rejeição encontra seu ponto mais alto entre aqueles com ensino superior: 65%. Já o pico de aprovação, 38%, é identificado entre empresários, segmento que, em parte, o presidente busca agradar, combatendo medidas de fechamento do comércio. Ao serem perguntados sobre quem é o principal culpado pela situação atual da crise vivida pelo país, 43% responderam que é Bolsonaro; 17% dizem que são os governadores; 9% põem a culpa nos prefeitos.

No olhar geral sobre a administração, a reprovação chega a 44%, mesmo patamar de junho do ano passado, último ponto antes de uma sequência de queda turbinada pelo pagamento do auxílio emergencial . Depois de chegar a 32% em dezembro, o índice voltou a subir até repetir o maior valor desde o início do governo. O governo é tido como ótimo ou bom por 30% – eram 31% em janeiro – e como regular por 24% – eram 26% há dois meses.

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A aprovação também é maior do que a média entre empresários (55%), moradores do Sul (39%) e evangélicos (37%). A reprovação, por sua vez, tem seus maiores índices entre quem concluiu o ensino superior (55%), pretos (55%), aqueles com renda mensal acima de dez salários mínimos (54%) e entre moradores do Nordeste (49%).

Já o desempenho do Ministério da Saúde , que terá o quarto ministro desde o início da crise sanitária, é considerado ruim ou péssimo por 39% dos brasileiros, um crescimento de nove pontos percentuais em relação a janeiro. Há ainda 32% que consideram a gestão regular, enquanto 28% dizem ser ótima ou boa.

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