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Datafolha: 71% apoiam restrição de comércio e serviços para combater Covid-19


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Segundo pesquisa da Datafolha, cerca de 71 % da população concorda com medidas de restrições nos estados
Divulgação/Polícia Militar de Santa Catarina

Segundo pesquisa da Datafolha, cerca de 71 % da população concorda com medidas de restrições nos estados

Enquanto mais de 2.000 pessoas morrem de Covid-19 por dia e o sistema de saúde dá sinais de colapso em todo o país, cresce o apoio da população a medidas de isolamento social, segundo pesquisa do Instituto Datafolha divulgada nesta quinta-feira (18).

O levantamento mostra que 71% apoiam medidas de diminuição do horário de funcionamento do comércio e serviços em geral e que 59% acham que, neste momento, é mais importante deixar as pessoas em casa, mesmo que isso prejudique a economia. A pesquisa foi feita, por telefone, entre segunda e terça-feira e ouviu 2.023 pessoas.

Quando questionados sobre a redução no tempo que serviços ficam abertos ao público, como forma de tentar diminuir a circulação de pessoas, 71% disseram que são a favor e 28%. Houve um crescimento do apoio de dezembro, quando foi feita a última pesquisa, para cá. Naquela ocasião, 61% apoiavam a restrição de horário — a margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

A maioria da população aprova o fechamento de praias (81%), parques (78%), academias (75%), escolas (66%), salões de beleza e escritórios (62%), igrejas e templos religiosos (59%) e lojas, bares e restaurantes (59%). A paralisação dos jogos de futebol, determinada por alguns estados, como São Paulo , é apoiada por 76%.

Em outra questão do levantamento, 59% dos entrevistados disseram que é mais importante deixar as pessoas em casa para conter o vírus , enquanto 30% defenderam que o mais importante é acabar com o isolamento para incentivar a economia — 10% não responderam nenhuma das duas alternativas.

A pesquisa mostra que a população, em geral, está em sintonia com medidas de isolamento adotadas por governadores e prefeitos para conter o avanço do coronavírus no momento mais crítico das pandemia. Nos últimos dias, os estados de São Paulo e Minas Gerais aumentaram as restrições a circulação de pessoas instituindo, incluise, toque de recolher. No interior de São Paulo, prefeitos estão decretando lockdown para tentar frear os casos da doença.

No Rio, o prefeito Eduardo Paes deve anunciar novas restrições no município nesta sexta-feira  (19). Em seu perfil no Twitter, Paes afirmou que vai estabelecer mais restrições. O prefeito anunciou que uma delas será a antecipação dos feriados de abril, mas sem informar quais serão as datas. No próximo mês, além da Semana Santa de 2 a 4, a capital fluminense ainda terá os feriados de 21 (Tiradentes – feriado nacional) e 23 (São Jorge – feriado estadual).

“Como vínhamos prevendo, há o aumento efetivo dos casos. Continuo atento. O decreto da prefeitura vale até segunda-feira, mas eventualmente a gente deve trazer novas restrições amanhã (sexta-feira). Não tem decisão tomada, mas vamos trabalhar para preservar vidas. Esse é o propósito”, disse Paes, durante coletiva de imprensa. 

O caminho da antecipação de feriados também deve ser tomado pelo prefeito de São Paulo, Bruno Covas. Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira, o prefeito afirmou que pretende antecipar dois feriados de 2021 e três de 2022 para criar uma espécie de feriado prolongado entre o dia 26 de março e 4 de abril.

Com isso, a expectativa é que mais pessoas fiquem em casa, o contágio da doença arrefeça e as filas por vaga em UTIs diminua. Nesta quinta-feira, a prefeitura confirmou a morte de um jovem enquanto esperava transferência para UTI.

“Vamos fazer isso para forçar a cidade de São Paulo a parar. A cidade que nunca parou precisa parar para que a gente não tenha mais casos como esse de pessoas que não conseguem ser atendidas”.

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