Opinião

DA LOUCURA INCONSEQUENTE E CRIMINOSA.

Uma espécie de debilidade errática, mas reproduzido numa camada bem proporcional de nossa população tomou conta do país após as eleições de outubro, colocando nas ruas pessoas que a gente não sabe bem se levam pelo ideário em que acreditam ou se o fazem por um exacerbado fanatismo, que nos últimos anos corroeu a mente de milhares de brasileiros.

Não é difícil explicar a nauseante situação daqueles milhares de brasileiros que, regidos por um Maestro que se mostra incompetente, mesquinho, apequenado, covarde, se movimentam diariamente, desde a derrota sofrida ante a maioria da população de eleitores brasileiros, insistindo em desfigurar o regime democrático, infringindo petardos criminosos contra a nossa Constituição Federal e outros comandos legais que nos regem. O tal Maestro de péssima sinfonia pública demonstra-se nesse horripilante final de um desgoverno que causou traumas irrecuperáveis à sociedade brasileira como aquele indivíduo que todos nós, aqueles que acreditamos possuir bom senso e análise apropriada, o que  conhecemos desde sempre: um elemento pernicioso, descompromissado verdadeiramente com as questões nacionais, sociais, econômicas, de direcionamento à resolução de nossos problemas angustiantes, a começar da fome, da miséria, da ausência de oportunidades de crescimento pessoal, familiar, comunitário.

Como pode, imaginamos, uma centena de fanáticos irresponsáveis acreditarem nas mentiras propaladas por esse indivíduo durante esses quase quatro anos em que dominou a cena política brasileira com as suas ameaças, a sua fúria contra a imprensa, as mulheres, os homossexuais, os indígenas, o meio ambiente, a política internacional, a ponto de sofrer o desprezo total de todas as Nações do mundo soberanamente democráticas? Como podemos nos solidarizar e encampar ideias e mensagens de um homem que contribuiu para a exterminação de uma parcela de nossa gente, nossos irmãos, levados aos céus pela ausência de agilidade da compra e produção de medicamentos e vacinas que pudessem controlar a destruição promovida pela Covid, aquela que deveria ser a nossa inimiga em primeiro lugar e combatida com todas as armas possíveis e imagináveis? Como podemos contribuir, solidarizar com um homem que relegou a pobreza a um desdém que eu ouso dizer nojento, desprezível e, assim como aos mortos do Covid, nunca lhes prestou ao menos uma tentativa de política pública que ao menos amenizasse o sofrimento dessa parcela de brasileiros.

No entanto, juntamente com o seu Ministro da Economia, promoveu políticas interesseiras, para salvaguardar os interesses dos habitantes naturais das Avenidas Paulista, Faria Lima, empresários acasalados repugnantemente com o poder, pessoal do agronegócio, que tanto enriqueceram nesses famigerado desgoverno, que hoje patrocinam a calamidade do país, investindo em milhares de fanáticos inconsequentes que sequer sabem fundamentar as razões pelas quais pedem “liberdade, intervenção militar com Bolsonaro no poder (uma aberração em cima de outra), intervenção federal” e outras baboseiras que, antes de tudo, afrontam o caráter democrático da Nação Brasileira e tentam, a todos custo, nos jogar do abismo da ditadura e do fascismo, tão amados por esse indivíduo que hoje vai deixando o poder demonstrando se tratar de uma absoluta farsa como ser humano, como político, como lídere como suposto religioso.

Aplicou em seus seguidores fanáticos um tiro mortal; os abandonou completamente, limitando-se a ofertar suas fotos com caricaturas que pretendem incentivar esse pessoal à desordem, mas apenas demonstram a sua total e absoluta falta de personalidade.

Uma tristeza, e comento a respeito disso posteriormente, que as FFAA, um ex-orgulho da Nação brasileira, se prestem a incentivar e dar acolhimento ao opróbrio, retirando-se do cumprimento de seu dever constitucional, o mesmo estendido aos demais organismos de segurança brasileiros que deveriam saber, ter a consciência, fundamentar em suas ações como sendo pertencentes ao Estado Brasileiro e não a um protótipo de ditador.

Lula vai assumir, queiram ou não, porque eleito dentro do processo democrático regular, liso, honesto e comprovadamente respeitado por todos aqueles que praticam os ideais democráticos e de soberania nas decisões do povo.

PAULO MATTOS É Formado Perito Criminal pela Academia de Polícia Civil do Paraná. Foi Escrivão de Polícia Civil da Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso. Professor da Academia de Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso. Trabalhou como Assessor Parlamentar, na Câmara Municipal de Cuiabá. Tem artigos publicados em vários jornais, como O Estado de Mato Grosso (extinto), O Dia (Extinto), Diário de Cuiabá, A Gazeta, dentre outros. Analista político cuiabano, defensor ferrenho dos costumes e tradições de nossa terra.

 

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