Polícia

Cuiabá: garoto é investigado por planejar ataques contra mulheres

Operação Adolescência mobiliza forças de segurança para impedir possível atentado motivado por ódio de gênero

Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, na manhã desta sexta-feira (11/4), a Operação Adolescência, com o objetivo de interromper uma escalada de violência que se anunciava nas redes sociais. O alvo é um adolescente de 15 anos, morador do bairro Jardim Petrópolis, em Cuiabá, investigado por disseminar discurso de ódio contra mulheres e demonstrar intenção de cometer atentados violentos.

De acordo com a Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), o jovem não apenas exaltava o feminicídio e replicava conteúdos misóginos, como também ameaçou diretamente uma garota de seu convívio, indicando que pretendia utilizar armas legalmente registradas em nome do pai para executar a ação.

A investigação teve início após um alerta emitido pelo Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), ligado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

A partir da análise do conteúdo publicado pelo adolescente, os investigadores identificaram um alto potencial de risco à vida de mulheres, o que levou à atuação imediata das autoridades.

Com base nas provas colhidas e na urgência da situação, o delegado adjunto da DRCI, Gustavo Godoy, solicitou à Justiça um mandado de busca e apreensão, além da suspensão emergencial dos registros das armas do pai do adolescente junto à Polícia Federal. As medidas foram rapidamente acatadas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) de Cuiabá.

Durante o cumprimento da ordem judicial, foram apreendidos um celular, um computador, uma arma de pressão e uma réplica airsoft. Segundo o delegado titular da DRCI, Guilherme Fachinelli, a operação teve caráter preventivo e estratégico: “A Operação Adolescência busca não apenas reprimir condutas criminosas em ambiente digital, mas atuar de forma antecipada para evitar tragédias motivadas por ódio de gênero. É um compromisso com a vida e com o combate direto à misoginia”.

A ação contou com apoio da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core).

Metrópoles

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