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Cristo Redentor é, desde os anos 1940, símbolo do Rio e do Brasil no cinema nacional e estrangeiro

Filme ‘Roberto Carlos em ritmo de aventura’

Cristo Redentor, com os seus braços constantemente abertos sobre a Guanabara, é um deleite aos olhos de qualquer um. Encantados por essa visão, muitos cineastas ambientaram seus filmes nesse cenário bonito por natureza, e tornaram a acolhedora estátua figurinha fácil no cinema nacional e internacional.

Exemplo disso é o filme “Uma noite no Rio”, lançado dez anos após a inauguração do monumento. O Cristo Redentor aparece projetado ao fundo do cenário no número de abertura do longa, nesta cena Carmem Miranda desponta cantando o samba-rumba “Chica chica boom chic”. Gravada em Hollywood, a comédia musical narra a vida do barão Manuel Duarte, um mulherengo que se encontra em sérias dificuldades financeiras.

Nacionalmente, em 1955 é lançado “Rio, 40 graus”, considerado por pesquisadores como o embrião do “Cinema Novo”, maior movimento cinematográfico do país. A narrativa, que incorpora a gramática do “Neorrealismo Italiano” e é dirigido por Nelson Pereira dos Santos, tem uma cena polêmica: quando a letra do samba “A voz do Morro”, de Zé Keti, diz “Eu sou o rei dos terreiros” aparece a imagem do Cristo Redentor.

Filme – 2012 Foto: Terceiro

Em 1968, é lançado “Em ritmo de aventura”. Estrelado por Roberto Carlos, a trama narra uma perseguição ao Rei empreendida por bandidos internacionais que querem raptá-lo para os Estados Unidos. Na fuga dos mafiosos, o cantor embrenha-se na estrada do Corcovado e chega ao Cristo Redentor.

Já em 2004, estreia “O Redentor”, filme cujo protagonista é Pedro Cardoso (o Agostinho de “A grande família”) que interpreta o jornalista Célio, um repórter investigativo que durante a apuração se envolve em corrupção. Arrependido, o personagem parte em uma busca desesperada por Deus e o encontra no alto do Corcovado diante da estátua do Cristo Redentor.

Porém, nem tudo é romantismo quando se trata de Cristo Redentor nos cinemas. No filme “2012”, uma das cenas mais icônicas mostra o monumento ruindo. O longa-metragem trata de uma catástrofe que pode por fim à existência humana no planeta.

A quinta edição da saga “Velozes e Furiosos” é ambientada no Rio de Janeiro, e vários pontos turísticos são mostrados nas cenas, inclusive o Cristo Redentor, que ganha destaque em um dos pôsteres de divulgação. Na trama, os personagens vão a uma favela carioca para esconder um carro, e trocam tiros com policiais e traficantes.

Cartaz do filme Velozes e Furiosos com o Cristo Redentor

Para a criançada tem a animação “Rio” que conta a vida do simpático Blu, uma arara azul que vive no frio estado de Minnesota, Estados Unidos. Descoberta por um ornitólogo brasileiro, a ave volta ao Brasil para acasalar, pois ele é o único macho da sua espécie, que corre risco de extinção. O voo das araras em volta da estátua do Cristo Redentor é uma das cenas mais bonitas do longa.

O penúltimo filme de uma das sagas mais bem-sucedidas da história do cinema, “Crepúsculo – Amanhecer -parte 1” mostra o casal protagonista, Edward e Bella, se casando e indo passar a lua de mel no Rio de Janeiro. Na Cidade Maravilhosa, a dupla tem uma cena de amor com o Corcovado ao fundo.

Por fim, há o filme “Rio eu te amo!”, versão carioca de uma franquia internacional que elenca cinco curtas sobre as principais cidades do mundo. Durante a produção, houve uma grande polêmica envolvendo o diretor José Padilha e a Arquidiocese do Rio, pois a Igreja Católica não queria que se exibisse a imagem do Cristo Redentor no filme. Segundo as autoridades eclesiásticas, o filme tratava com desrespeito o maior símbolo religioso do país. Vencida a disputa, no curta dirigido por Padilha, “Inútil Paisagem”, o personagem de Wagner Moura passa pelo Cristo Redentor durante um voo de asa-delta e aproveita para reclamar da vida e da cidade.

Jornal Extra

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