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COMÉRCIO: Otimista, varejo aposta em Natal superaquecido nas vendas em Rondonópolis

Lojistas ouvidos pela CDL apostam em final de ano como momento de recuperação do segundo semestre, impulsionado por cultura dos presentes e incremento do 13º terceiro

 O comércio varejista de Rondonópolis aposta no Natal como a data salvadora no fechamento das contas no segundo semestre de 2024. Impulsionada pela cultura dos presentes e o incremento do 13º salário na conta dos consumidores, a época mais importante do ano em faturamento eleva o otimismo do setor. É o que aponta um levantamento feito na última semana pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Rondonópolis (CDL).

 

Parte dos entrevistados citaram em comum a palavra “desrepresamento”. “Setembro foi muito ruim, a segunda quinzena de agosto também havia sido. Mas, aos poucos, o que a gente percebe é que as pessoas guardaram dinheiro para poderem consumir nesta época. Desde a Black Friday, a gente sente o consumidor mais animado”, argumentou um entrevistado. “Daí o desrepresamento. Quem segurou o dinheiro chega neste final de ano querendo gastar”, completa.

 

O pagamento do 13º salário e o chamado “dinheiro a mais” também foi comentado. “Com certeza [o 13º salário] vai impulsionar o consumo. Quem já recebeu a primeira parcela tem agora a segunda. Outros, creio, vão receber de tudo por agora, dia 20 de dezembro. Certamente, os dias finais antes do Natal serão de boa movimentação”, diz outro lojista.

Dos argumentos, talvez, mais “pés no chão”, a tônica foi a de recuperação após meses de faturamento abaixo do esperado. “Mesmo as datas comemorativas não impulsionaram as vendas como nós gostaríamos. Para nós, mesmo dezembro tem sido abaixo. As pessoas estão indo às ruas, mas muitos ainda sem dinheiro. A situação das famílias ainda está difícil”, disse outro lojista entrevistado. “Aqui na loja, temos clientes que sempre guardam dinheiro durante o ano e vem à loja nesta época, para comprar em grande quantidade. Muitos vem da zona rural, então passam o ano guardando economias para vir renovar o guarda-roupa. Em 2024, até agora, pelo menos, ainda não viera. Este é um exemplo. O cinco está apertado”, disse.

 

Também citado por este, a inadimplência é fator de preocupação. “Nossa estratégia foi facilitar prazo. Compra agora e paga somente em março de 2025. Talvez isso desafogue o orçamento apertado agora em dezembro. O dinheiro é curto, as dívidas estão aí e os preços de modo geral subiram, especialmente no supermercado. A ceia está mais cara”, aponta.

 

Dos presentes mais citados estão: brinquedos, roupas, calçados, acessórios, perfumaria, eletrônicos e lembranças personalizadas, os chamados presenteáveis.

 

Outra pesquisa

 

Nesta semana, a CDL de Rondonópolis produziu também a “Pesquisa de Intenção de Consumo” junto a lojistas e consumidores. O questionário foi enviado e respondido, principalmente, por associados.

 

O levantamento mostra que 50% dos que responderam ao questionário vão aproveitar e ir às compras neste Natal. 37,5% ainda está indeciso e outros 12,5% não tem intenção.

 

Entre compras nas lojas físicas ou online, a maioria disse preferir comprar no comércio local: 62,5%. Disparado, roupas e acessórios foi a categoria de presentes mais citada na pesquisa, apontada por 87,5% dos entrevistados.

 

Do ticket médio, 50% apontou intenção de gastar entre R$ 200 e R$ 400 com as compras de Natal em 2024. Outros 37,5% fixaram os valores entre R$ 100 e R$ 200. Outros 12,5% citaram compras em valores abaixo dos R$ 100.

 

Mato Grosso

 

O Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso divulgou a pesquisa “Intenção de Compra para o Natal de 2024”, que traz a expectativa de injetar 474,7 milhões de reais na economia do estado.

 

A pesquisa apontou que 48,8% dos entrevistados pretendem fazer compras de presentes e alimentos neste fim de ano, sendo que a média de gastos será de 500 reais.

 

Dentre os itens mais citados pelos entrevistados na hora da compra, os acessórios aparecem com 26,3%. Brinquedos somam 9,6% em segundo lugar seguidos de cosméticos com 9,2%.

 

Eletrodomésticos e eletrônicos (celular, tablets e outros) obtiveram 6,4% e 5,4% cada.

 

Nacional

 

As vendas de Natal deste ano devem movimentar R$ 68,75 bilhões no varejo brasileiro, um aumento de 1,3% em relação ao ano passado. A estimativa é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que está apostando, sobretudo, na utilização do 13º salário para o crescimento do setor no período.

 

Segundo o balanço, o destaque deste ano deve ser o ramo de hiper e supermercados, que pode faturar até R$ 31 bilhões. Em seguida, aparecem o setor especializado em itens de vestuário, calçados e acessórios, que deve faturar R$ 20 bilhões, e o segmento de utilidades domésticas e eletroeletrônicos, R$ 8,16 bilhões.

 

Regionalmente, São Paulo lidera as projeções de consumo no período natalino, com R$ 20,96 bilhões, seguido por Minas Gerais (R$ 7,12 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 5,86 bilhões) e Rio Grande do Sul (R$ 4,77 bilhões). Juntos, os estados irão concentrar mais da metade da movimentação financeira estimada para o período, com 55,5%.

 

A alta demanda irá estimular a contratação temporária de funcionários. Ao todo, a CNC prevê 98,1 mil vagas temporárias para o período, sendo a maioria para hiper e supermercados (41,97 mil vagas) e vestuário (21,18 mil).

Da assessoria

 

 

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