Política

Caldeirão Político

Salve salve seleto público do “Caldeirão Político”.

Não é novidade pra ninguém que as eleições municipais deste ano em Rondonópolis seriam acirradas e bem acaloradas.

Porém, o que não se esperava é que esse clima (muito quente, quase fervendo) e não estamos falando de condição do tempo, fizesse parte da estrutura interna de alguns grupos.

Vamos direto ao assunto; A briga, ou disputa, como preferirem, entre a Federação Brasil da Esperança com a Federação Brasil da Esperança.

É isso mesmo, dentro do grupo das chamadas “forças progressistas”, como se intitulam os partidos de centro-esquerda, não está havendo consenso.

Lá atrás e não muito atrás, como todos se lembram, a proposta era de que entre os três pré-candidatos (Aylon, Teti e Paulo José), o melhor diante das pesquisas, seria o nome do grupo para disputar a sucessão do prefeito José Carlos do Pátio ao Palácio da Cidadania.

Contudo, o que o “Caldeirão” consegue analisar até agora é que nenhum dos três lados, dentro desse grupo, conseguiu sustentar o compromisso.

Senão vejamos, já foi amplamente divulgado, inclusive pela imprensa estadual, que o prefeito Zé do Pátio teria batido o martelo e seu candidato seria Paulo José. Posicionamento que não agradou aos demais.

Por outro lado, o Partido dos Trabalhadores, seguindo orientação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, de que o PT tem que lançar candidato próprio nas maiores cidades do país, não arreda pé de lançar como candidato, o empresário do Agronegócio e assessor especial do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, como “o homem do Lula” nas eleições municipais de Rondonópolis.

Essa decisão do PT tem muito a ver com uma reunião ocorrida uma semana atrás na fazenda do pré-candidato Teti, que teve como propósito fortalecer sua condição dentro do grupo e que não teria agradado ao prefeito e este por sua vez, não ficou calado. Seria uma resposta ao Zé.

Tem ainda o terceiro pré-candidato, mas este, ao menos no momento, é peça morna. Melhor deixar de lado.

Dizem até que esse impasse dentro das “forças progressistas”em Rondonópolis pode ser resolvido com a batida do martelo do presidente Lula. Pode até ser, mas o que não pode deixar de se levar em consideração é o poder dos aliados nas prefeituras municipais, como é o caso do prefeito José Carlos do Pátio.

Aliados inclusive, que têm muito mais prefeitos do que o PT. Eles não vão aceitar ser patrolados pela máquina federal. Vão?

Principalmente falando de Mato Grosso e Rondonópolis, os petistas precisam aceitar que mesmo tendo o Presidente da República de seu partido, é prudente ceder para as gestões municipais pela governabilidade no Congresso Nacional. Sem falar que as eleições de 2024 é apenas um “esquenta” para o verdadeiro pleito que vem aí em 2026.

Na visão do “Caldeirão” o que o grupo das “forças progressistas” está procurando é perder as eleições. Se continuar assim, vai conseguir.

Empurrar goela abaixo pode até colar dentro das plenárias, junto aos correligionários. Mas quando se trata de eleitor “o buraco é mais embaixo”.

É chegado o momento de verdadeiramente se despir das vaidades. Mas isso tem que acontecer na prática, não apenas no discurso fácil. Essa queda de braços interna, além de enfraquecer e dividir o grupo, não agrega em nada na decisão do eleitorado.

O que está em jogo não é quem entra na sala do Lula sem bater à porta. Mas sim, quem sai dessa mesma sala com mais de R$ 500 milhões de recursos para serem investidos em Rondonópolis.

Fica a dica.

O Caldeirão volta na semana que vem. Salve-salve

Da redação

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