Caldeirão Político

Salve-salve caríssimos leitores e leitoras do “Caldeirão Político”. Vamos começar a nossa conversa desta semana com um velho dito popular, bastante usado inclusive nos dias atuais, porém com pouca aplicação nas atitudes.

“Quem tem telhado de vidro que não atire pedra no vizinho”. Você pode até conhecer esse ditado construído de outra forma, mas no final o significado é o mesmo: uma recomendação para que um indivíduo se abstenha de fazer determinadas críticas a alguém, porque ele próprio é um alvo potencial da mesma crítica.

E não é que tem gente que não está levando a sério esse conselho e anda ‘falando pelos cotovelos’ o que deve e não deve, o que é devido ou não é.

Ficou confuso pra você? Então vamos esclarecer:

Teve um deputado estadual de Mato Grosso e pré-candidato a prefeito de Rondonópolis, que esta semana em um programa de rádio local acusou o prefeito Zé Carlos do Pátio de estar usando a máquina pública (prefeitura) para beneficiar seu pré-candidato apoiado, que todos sabem é o Paulo José do Sanear.

Ainda segundo o deputado, Paulo José estaria “aparecendo” em todos os atos públicos da prefeitura, relacionados às inaugurações de obras da atual gestão. “Então agora foi ele (Paulo José), quem fez tudo?”, indagou o deputado. Quanta dor de cotovelo não é mesmo?

Acontece que Paulo José não deixou por menos, porque se não foi ele quem fez tudo, ao menos tornou possível que fosse feito.

“Para não esticar muito a conversa vou citar apenas os últimos 16 anos dos quais faço parte do governo municipal de Rondonópolis (quando das gestões do Zé do Pátio), com extensão em todo o Estado de Mato Grosso e também junto ao Governo Federal, principalmente no governo Lula, sucedido pela Dilma e agora com o meu trabalho ainda mais fortalecido diante da volta do Lula ao comando do nosso país”.

Foi com essa frase que o pré-candidato a sucessão de Zé Carlos do Pátio em Rondonópolis começou a contar sua história, relatando os últimos detalhes desse trajeto, para que nenhum garotão que está ainda aprendendo na vida pública se atreva a colocar em dúvida seu peso nas decisões e principalmente nas maiores conquistas para Rondonópolis junto aos governos estadual e federal.

“Fiz parte do plano de governo em 2008 e ganhamos em 2009. Fiz parte do plano de governo em 2016 e assumimos em 2017. Também fiz parte da equipe que reelegeu Zé Carlos do Pátio prefeito de Rondonópolis.

Então eu conheço todos os trâmites necessários para trazer benefícios para Rondonópolis e conheço a cidade como a palma da minha mão.

Mesmo sem ser deputado ou ocupar qualquer outro cargo público eletivo, o prefeito me nomeou representante de sua gestão junto ao governo federal. E foi diante do meu trabalho desenvolvido junto aos Ministérios da Presidência da República e também junto ao governo estadual, que conseguimos, ao longo deste período, R$ 547 milhões em recursos para serem investidos em Rondonópolis.

Então não admito que essa pessoa venha colocar em dúvida o meu trabalho e questionar a minha presença em reuniões ou qualquer outro ato público ligado à gestão municipal em Rondonópolis”, disse Paulo José, que ainda mandou um recado: “ Se você quiser discutir conhecimento, pois venha, porque eu não tenho dificuldade nenhuma nessa linha de raciocínio, conheço todos os pontos da gestão municipal em Rondonópolis seja ele positivo ou negativo”, finalizou Paulo José.

Vamos voltar ao início da nossa conversa. Você lembra do telhado de vidro? Pois é bom cada um cuidar do seu teto.

Não se esqueça caro leitor e também eleitor nas próximas eleições, tem uma historinha de 2022 que esse deputado teria usado um avião bimotor da Assembleia Legislativa de Mato Grosso para se autopromover transportando uma dupla de cantores gospel para se apresentar em um show no vizinho município de Primavera do Leste.

Naquela época o deputado em questão era candidato à reeleição pela Assembleia. E foi reeleito.

Agora o Caldeirão pergunta: quem está usando a máquina pública?

Ah! Recentemente teve também um showzinho na Universidade Estadual de Mato Grosso, a Unemat aqui em Rondonópolis, com direito até a ofensas pela disputa da paternidade da obra.

Pelo visto a Assembleia Legislativa de Mato Grosso virou mesmo um palanque eleitoral. O pior de tudo isso é que o povo paga a conta e ainda aplaude.

Por hoje é isso pessoal. O Caldeirão Político se despede torcendo para que tenhamos estômago para digerir tanta hipocrisia. Salve-salve

Da redação