Local

Bebê de grávida com morte cerebral ainda não tem previsão de alta

Menino nasceu na manhã de sexta-feira, com 925 gramas, na Santa Casa de Rondonópolis

Parto do bebê foi realizado na Santa Casa de Rondonópolis

As equipes médicas da Santa Casa de Rondonópolis realizaram, na manhã desta sexta-feira (24), o parto do bebê da jovem Joyce Sousa Araújo, de 21 anos, que estava sendo mantida viva por aparelhos após ter morte cerebral decretada em decorrência de um aneurisma.

O menino nasceu com 925 gramas e foi encaminhado para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal. Segundo o hospital, ainda não há previsão de quando o bebe receberá alta.

Joyce estava grávida de seis meses e, devido ao período de gestação, ficou sendo mantida com os aparelhos ligados até o parto do bebê. Ontem, após o nascimento do menino, os aparelhos que mantinham a mãe viva foram desligados.

Segundo a família, a jovem morava em Jaciara com o esposo e as duas filhas, de 3 e 7 anos. O casal saiu do Tocantins e veio para Mato Grosso em busca de oportunidades de trabalho.

Após sentir uma dor de cabeça intensa no dia 20 de dezembro de 2024, Joyce foi internada em uma unidade de saúde de Jaciara por conta do rompimento de um aneurisma cerebral que se desenvolveu silenciosamente. Em seguida, ela foi transferida para Rondonópolis e passou por cirurgias para aliviar a pressão no cérebro, mas em 1º de janeiro de 2025 foi declarada a morte cerebral.

De acordo com o obstetra Pedro Luiz Silva, o parto precisou ser adiantado para garantir o bem-estar do bebê.

“Nós já vínhamos acompanhando o caso há mais ou menos um mês, quando ela deu entrada no hospital com o diagnóstico de morte encefálica e foram mantidos os cuidados em UTI para que o bebê pudesse ganhar peso, se desenvolver e ter mais uma maturidade para que ele conseguisse sobreviver. Nos últimos dias, o organismo dela começou a dar sinais de que não estava mais suportando esse processo e, por esse motivo, nós acabamos programando a cesárea”, explicou

Ainda, segundo o médico, o bebê é considerado prematuro extremo e não há previsão de quando deve receber alta.

“O bebê nasceu com menos de um quilo, então requer cuidados. Todo esse acompanhamento de ganho de peso e desenvolvimento vai ocorrer na UTI neonatal até que ele possa receber alta”, disse.

A Tribuna

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *