Opinião

Assédio eleitoral: a pior e inescrupulosa novidade dessa campanha

Pressão de patrões sobre empregados para votarem em Bolsonaro ultrapassou os limites e o registro de mil casos no MPT

 
 
Fotografia colorida de pessoas vestidas de verde e amareloReprodução

A pior novidade dessa campanha eleitoral é o descarado e inescrupuloso assédio eleitoral praticado por parte do patronato brasileiro.

Os registros ultrapassam a mil ocorrências, segundo dados do Ministério Público do Trabalho (MPT). E o noticiário traz o mais diverso tipo de pressão sobre os empregados. E, com certa traquilidade, é possível cravar que a totalidade envolve patrões bolsonaristas assediando e ameaçando seus trabalhadores.

Já se viu de tudo até agora: dono de frigorífico juntando empregados, com camisas amarelas, no pátio e prometendo benesses se votarem em Bolsonaro; empregadores ameaçando com demissão se Bolsonaro não vencer; patrões exigindo que funcionários apresentem seus títulos eleitorais à empresa. E centenas de casos.

Até agora, nenhum deles foi preso. Seria exemplar se ao menos uma meia dúzia fosse parar no xilindró. O próprio Alexandre de Moraes já considerou essa hipótese.

“Na hora que prender, eles param rapidinho” – já declarou o presidente do TSE.

O MPT tem adotado medidas, fiscalizando, aplicando multas, exigindo retratação com gravação de vídeo de patrões.

Esses empresários e comerciantes que agem assim são inescrupulosos. Tentam comprar os votos e acham que a consciência das pessoas estão à venda.

É um ato, como definiu o MPT, que atenta contra a dignidade do trabalhador e o submete a constrangimentos e humilhações.

O Senado anuncia uma CPI do Assédio Eleitoral, que só irá funcionar após as eleições. Mas aí…

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