Local

Ângelo de Almeida Lima, de São Desidério BA para Rondonópolis MT, deixou uma história de luta e coragem como exemplo.

Seu Ângelo de Almeida Lima e sua esposa Lavina

Ângelo de Almeida Lima nascido em 02 outubro 1928 na cidade de São Desidério no estado da Bahia, viveu por lá até os 12 anos de idade, quando seu pai o , e família, em busca de melhores condições de vida, migraram para Mato Grosso, vindo para a região de Poxoréu. Pelas condições difíceis da época, chegaram aqui por volta de 1942, a viagem foi toda feita a pé e em lombo de burros, quando acabava os suprimentos, acampavam e faziam plantações, assim que colhiam continuavam, assim a foi, durante os quase dois anos que durou a viagem.

Em 1940 a família saiu de São Desidério para Mato Grosso, foram para a cidade de Poxoréu, por ser a que mais concentrava migrantes oriundos da Bahia. Após isso seu Pedro, requereu uma área junto ao governo do estado, na região da Estiva, onde a família foi morar e formar a fazenda. Nesse interim seu Ângelo conheceu e se casou em 1950 com dona Lavina Alves Lima, com quem teve onze filhos cinco mulheres e quatro homens, dos quais nove ainda estão vivos. O fato interessante é que Lavina, também nasceu em São Desidério, mas vieram se conhecer aqui. A família de dona Lavina, também veio de São Desidério na Bahia para Mato Grosso Literalmente a pé, nessa época dona Lavínia era bebê de apenas um ano de idade.

Foto antiga da família reunida, senhor Pedro José de Almeida esposa , filhos e netos

Alguns anos depois, no fim de 1959 “seu” Ângelo se mudou para a Vila Operária em Rondonópolis, em busca de novas oportunidades. Como era lavrador teve que aprender uma nova profissão, então foi trabalhar no único açougue que existia, que era do senhor João Surdo em sociedade com o senhor Nego.

Seu Nego foi quem ensinou seu Ângelo a lidar com os cortes de carnes. Algum tempo depois seu Ângelo abriu seu próprio açougue, sendo o segundo açougue da cidade, na avenida Amazonas, próximo de onde alguns anos depois foi construído o EEMOP. Nisso o seu Nego deixou a sociedade e foi trabalhar com seu antigo pupilo. Anos depois seu Ângelo alugou de um tio, uma casa com salão comercial próximo à Praça dos Careiros, ao lado do comércio do Senhor João Baiano, mudou o açougue e a residência que era na Vila Operária para o novo endereço.

No ano de 1964, Ângelo adquiriu um terreno na Avenida Mal. Rondon, entre as ruas Otávio Pitaluga e a 13 de maio, construiu salão comercial e residência nos fundos, onde trabalhou até 1975, quando deixou o ofício de açougueiro.

Dona Lavina tinha o sonho de se mudar para Campo Grande, onde já morava uma de suas filhas e um filho que estava estudando. Então seu Ângelo construiu uma casa no bairro São Bento naquela cidade, onde morou por seis anos, voltando para Rondonópolis em 81. Como não conseguia ficar parado, seu Ângelo, montou uma garaparia na rua Fernando Correa da Costa onde era o antigo ferro velho do Geni. Em 1993 comprou um sítio na Gleba Rio Vermelho, mudou-se, lá viveu até 2005.

No ano de 2000 dona Lavina faleceu, cinco anos após o falecimento da esposa seu Ângelo vendeu o sítio e voltou a morar na cidade, onde faleceu em 29 de dezembro de 2015. com 87 anos de idade. Deixando exemplo de luta honradez e prosperidade para nós rondonopolitanos.

Da redação

Fotos: acervo da família

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *