Opinião

AJUSTE DE CONTAS

Por Paulo Mattos

Imagem gerado por IA

Os jornalões brasileiros, a Faria Lima e o insistente e persistente “mercado” insistem na necessidade do governo diminuir as contas públicas e promover o equilíbrio fiscal do país, permitindo assim uma melhor distribuição de rendas, mais investimentos, aumento de empregos e fôlego para a retomada do desenvolvimento.
Há mesmo necessidade de que os gastos públicos obedeçam a critérios de necessidade, economicidade e permitam ao país manter uma economia pujante, sem sobressaltos e direcionadas a uma melhor organização de disponibilidade de nossas reservas.
O nó górdio, entretanto, nessa questão reside onde devem ser fincada a faca para diminuir esses gastos públicos e fazer o país retomar a tranquilidade fiscal. E os grandes magnatas da economia brasileira acreditam, por interesses próprios e visando apenas a eles próprios, que esse cortes devam ser feitos na Previdência social, certamente diminuindo em muito os benefícios depauperados do pobre trabalhador, que já ganha quase nada por mês. No BPS – Benefício de Prestação Continuada, que ampara milhares de brasileiros que não dispõe de um emprego fixo e nem tenham contribuido necessariamente para a Previdência Social, mas que se encontram em situação precária. Querem cortes em tudo que representa aquilo que nosso Presidente Lula chama de investimentos: educação, saúde, e outros.
Esses tubarões vorazes de nossa economia são incapazes, por solidários, em mexer no vespeiro que realmente colaboram para o excesso cumulativo de gastos no país e que deveriam sofrer profundos cortes, porque com eles se dispendem bilhões de reais mensalmente, geralmente sem necessidade e apenas para manter um luxo, uma riqueza incompatível com a higidez do cargo e função públicos:
01. Os gastos exorbitantes com o Poder Judiciário Brasileiro é uma coisa pavorosa. Magistrados de todos os níveis – dos iniciantes aos Ministros do Supremo Tribunal Federal – recebem particularmente dinheiro demasiado, verdadeira fortuna em relação a qualquer trabalhador brasileiro. O brasileiro sustenta a Magistratura nacional com presentes indecentes como os auxílios generalizados aos integrantes das Cortes, que fazem com que usufruam de exorbitantes quantias em seus contra cheques, que impactam a economia nacional. É só fazer uma pesquisa dos gastos extraordinários com a Justiça do país.
02. No mesmo sentido, verbas milionárias, bilionárias são utilizadas para manter o Parlamento Brasileiro, que não devolve à sociedade um mínimo de atuação voltada efetivamente ao interesse público aos interesses da Nação e de seu povo. Comem uma considerável parte do dinheiro que representa muito para a economia nacional;
03. No mesmo diapasão encontram-se os militares, integrantes do TCU, TCEs, Câmaras Municipais, Tribunais de Justiça Estaduais…
Esse pessoal, para trabalhar, exigem salários elevados, conforto, segurança, investimentos em suas carreiras, pomposidades desnecessárias, como aquisição de caviar, vinhos, wiskys e outras anomalias para receber convidados ilustres. Gostam de lustres, tapetes, veículos modernos e seguros, segurança particulart e para suas famílias, auxílios moradias, dentistas, médicos e até de lazer na Disneylândia.
Desses aí não precisa de corte nos gastos, comprovadamente desnecessários e que prejudicam a nossa economia e cujos cortes reporiam o Brasil nos trilhos econômicos.
Mas os pobres tem de morrer de fome para alegrar o mercado, a Faria Lima e os tubarões da economia nacional.

 

PAULO MATTOS – É Formado Perito Criminal pela Academia de Polícia Civil do Paraná. Foi Escrivão de Polícia Civil da Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso. Professor da Academia de Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso. Trabalhou como Assessor Parlamentar, na Câmara Municipal de Cuiabá. Tem artigos publicados em vários jornais, como O Estado de Mato Grosso (extinto),

O Dia (Extinto), Diário de Cuiabá, A Gazeta, dentre outros. Analista político cuiabano, defensor ferrenho dos costumes e tradições de nossa terra.

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