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ABR: o sonho dourado que virou saudade

A história não dá o devido destaque a Associação Bancária Rondonina conhecida apenas por sua sigla ABR, este que foi o maior e melhor clube recreativo nas décadas 60/80 da cidade de Rondonópolis.

Terreno onde foi a antiga ABR Associação Bancaária Rondonina, hoje só resta o abandono.

O clube foi idealizado por bancários de vários estabelecimentos (agências) que existiam na cidade, o projeto e a construção do clube, foi encabeçada por Aguinaldo Lucena, funcionário do Banco do Brasil, que montou uma estrutura recreativa e esportiva com quadra de esportes, piscinas, salão de festas, sauna e salas de jogos, uma estrutura jamais vista em toda região. Após se aposentar Agnaldo Lucena, dedicou exclusivamente em administrar o clube, deixando muitas vezes seus próprios afazeres de lado, sua prioridade era a ABR, acompanhado de sua esposa dona Elza Lucena, fizeram do clube mais que uma agremiação social, ali se tornou ponto de reuniões políticas e por vezes recebeu figuras como governadores de estado, deputados e figura de renome nacional como de Ulisses Guimarães.

 

A ABR, foi palco para apresentação dos maiores artistas musicais daquela época, sem citar nomes para não incorrer em esquecimento.

 

A ABR de belas recordações promovia o maior e melhor Carnaval de Salão de toda região, atraindo foliões até mesmo da capital, que vinham curtir nossos festejos de Momo.

As tradicionais domingueiras dançantes aconteciam sempre ao som da Banda Marinho & seus Beat Boys, e que ficaram para sempre na cabeças dos jovens que viveram essa época de ouro da nossa juventude.

Vale lembrar que naquela época existia o Rondonópolis Clube, com seu imenso e majestoso salão de festa, mas era só o que o Rondonópolis Clube oferecia aos seus associados, mesmo assim foi palco de inúmeros shows e bailes de debutantes, naquela época as meninas ao completar 15 anos, as famílias com maior posse financeira, às apresentavam a sociedade em bailes de gala, apresentados por famosos artistas da televisão, que eram contratados e vinham a cidade para este fim.

A piscina semi-olímpica, palco de diversos campeonato de natação, foi construída sob a gestão de Aguinaldo Lucena, (aliás toda estrutura que existiu no clube foi feita por ele).

Em 1985, um grupo de empresários assumiu a direção do clube e em assembleia decidiram mudar o nome da velha ABR, para Canadá Country Clube, nada a ver com nossa história, mas para o grupo que assumiu a direção, na sua maioria sulistas apegados ao estrangeirismo.

O Canadá Country Clube, resistiu até 2016, quando encerrou suas atividades sociais e esportivas, ficou fechado até 2018, quando foi a leilão, por dívidas trabalhistas e falta de pagamento a fornecedores.

A área onde funcionava a ABR, fica no centro da cidade, hoje está abandonada, a serviço apenas da especulação imobiliária.

Da redação

Fotos: Acervo Jornal A tribuna

 

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