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A história do caminhão caçamba abandonado debaixo d’água

Recentemente, as fotos de um caminhão Mercedes-Benz Atego, caçamba, abandonado debaixo d’água, chamou a atenção de um grupo no facebook.

Se há algo que desperta nossa curiosidade é a história de locais e objetos abandonados, pois em um mundo dominado pelo capitalismo, tudo que foi deixado de lado, possuí um porquê.

Mas qual a história por trás desse caminhão caçamba Mercedes-Benz Atego abandonado?

As fotos do veículo foram tiradas em um lago na cidade de Hemmoor, na Alemanha.

A cidade de Hemmoor, abrigou por muitos anos uma das maiores fábricas de cimento do mundo; a Portland Cementfabrik Hemmoor, que foi construída no local pois a região era rica em Giz, um dos minérios utilizados na fabricação do cimento.

Uma parte da região, com maior quantidade do minério, foi escavada até o seu máximo – formando uma gigantesca cratera.

Em 1983, a fabricação de cimento da região se encerrou por motivos econômicos. A grande cratera escavada, começou a apresentar um risco estrutural para a região, já que em sua volta, havia diversos canais de água subterrâneos.

Seis anos após o enceramento das atividades econômicas no local, a água tomou conta da grande cratera, formando um lago de 33 hectares, 60 metros de profundidade e que ganhou o nome de “kreidesee”, em português “Lago de Giz”

Anos após a formação do lago, mergulhadores resolveram explorar o local e surpreenderam-se com a fauna e flora aquática presente na cratera. Além disso, máquinas e estruturas restantes da fabrica e que permaneceram no local, formaram um prato cheio aos exploradores.

Pensando nisso, uma empresa de mergulho foi criada às margens do Lago de Giz, transformando o local em um dos pontos turísticos da cidade.

Para atrair ainda mais visitantes, a empresa de mergulho resolveu afundar, propositalmente, diversos veículos e objetos no fundo do lago. Além de aviões, carros, estatuas e embarcações, um caminhão Mercedes-Benz, modelo Atego, foi submergido na cratera.

O resgate do caminhão:

Em 2017, alguns mergulhadores começaram a mexer no caminhão, inclusive tirando peças ou até tentando entrar no veículo. Para evitar possíveis acidentes com o veículo, a empresa responsável pelo lago, decidiu retirar o veículo do local.

Por incrível que pareça, quando foi emergido para a superfície, o veículo estava intacto. Com o movimento da água, as algas que estavam grudadas na parte externa desprenderam-se e a pintura ficou visível. 

A volta ao fundo do lago:

A decisão de tirar o veículo do lago desagradou muitos mergulhadores que visitavam o local, por esse motivo, em meados de 2018, a empresa resolveu devolver o veículo ao seu local dentro da carreta, onde permanece até os dias atuais.

Fonte: Jornal do caminhoneiro

 

 

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