Polícia

OPERAÇÕES INTEGRADAS: Sesp intensifica fiscalização de motos para reduzir infrações e mortes no trânsito

Operações Lei Seca e Tolerância Zero já resultaram em centenas de multas, prisões e remoções de veículos; 60% das vítimas em acidentes fatais envolvem motociclistas.

Foto: Reprodução/SESP-MT

A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) intensificou as fiscalizações sobre motocicletas em Cuiabá e Várzea Grande, para combater infrações de trânsito, circulação irregular e o uso de motos em crimes, após o aumento de acidentes fatais envolvendo esse tipo de veículo. As ações, integradas pelo Gabinete de Gestão Integrada (GGI), ocorrem por meio das operações Lei Seca e Tolerância Zero – Duas Rodas.

Desde o início do ano, foram realizadas nove edições da operação Lei Seca voltadas exclusivamente para motos, resultando em 756 autos de infração, 397 veículos removidos e 10 prisões — nove por embriaguez e uma por mandado de prisão. Já a Tolerância Zero – Duas Rodas contabilizou 293 multas, sendo 80 por ausência de habilitação, além de 123 veículos removidos e 16 prisões em flagrante.

Durante uma das ações, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, foi apreendida uma motocicleta com R$ 55,9 mil em débitos e 229 infrações — a maioria por excesso de velocidade e avanço de sinal vermelho. O condutor não possuía habilitação e o veículo estava registrado em nome de outra pessoa.

As operações contam com o apoio de diversos órgãos, como Deletran, Polícia Militar, Detran, Politec, Guarda Municipal, Polícia Penal e Semob. Segundo a tenente-coronel Monalisa Furlan, coordenadora do GGI, houve aumento significativo na circulação de motos irregulares e no uso desses veículos para a prática de crimes, o que motivou a intensificação das ações.

Dados da Deletran revelam que, até 17 de abril, 45 pessoas morreram em sinistros de trânsito na região metropolitana de Cuiabá — 60% das vítimas estavam em motocicletas. O delegado Christian Cabral alerta que a principal causa das mortes é a imprudência, como excesso de velocidade e desrespeito à sinalização. Ele destaca, ainda, a crescente prática de retirada proposital das placas, o que dificulta a fiscalização e amplia os riscos à segurança viária.

Leiagora

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