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De olho na exportação de castanhas, indígenas de MT visitam gigante comunitária no Amazonas

ASSOAB foi a primeira organização de base comunitária do AM autorizada pelo Mapa para comercialização internacional de castanha.

De olho na exportação de castanhas, indígenas de MT visitam gigante comunitária no Amazonas

Lideranças indígenas de Mato Grosso conheceram a maior associação de base comunitária do Amazonas habilitada a exportar castanha-do-brasil. O intercâmbio na Associação dos Agropecuários de Beruri (ASSOAB) foi realizado na última semana e fortalecerá iniciativas de extrativismo orgânico em terras indígenas.

Primeira associação comunitária a receber o Cadastro Geral de Classificação (CGC) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a ASSOAB é referência na Amazônia em comercialização de castanha. A iniciativa, portanto, teve como objetivo impulsionar a economia sustentável e inclusiva em Mato Grosso.Intercâmbio foi realizado pelo Instituto Centro de Vida (ICV) com apoio do Projeto Terramaz. Ao todo, cinco lideranças indígenas que trabalham com coleta e comercialização da castanha conheceram soluções e técnicas para potencializar o modelo de extrativismo sustentável em seus municípios, na região noroeste de Mato Grosso.

Troca de experiências

Membro da Rede de Produção Orgânica da Amazônia Mato-grossense (Repoama), por meio da Associação AIABA, Roseno Rikbaktsa foi um dos participantes do intercâmbio e comentou sobre a importância do encontro.

“A comercialização de castanha ainda é um desafio para nós. A gente precisa ter um preço melhor para trabalhar bem dentro da nossa comunidade. O intercâmbio foi muito importante para a gente ter conhecimento sobre como melhorar esse processo”, disse.

Analista socioambiental do ICV, Rodrigo Marcelino destacou que a iniciativa visou fortalecer o conhecimento sobre beneficiamento da castanha em terras indígenas, com ênfase na potencialização do valor agregado dos produtos.

“Para o ICV, que está empenhado em fortalecer as cadeias da sociobiodiversidade em Mato Grosso, proporcionar essa troca de saberes para as comunidades indígenas foi extremamente importante”, afirmou o analista.

Para a presidente da ASSOAB, Sandra Neves, o encontro mostrou a força do mercado da castanha no contexto amazônico e, principalmente, o quanto o setor pode expandir ainda mais com participação de indígenas no processo.

“Foi muito importante essa troca sobre esse importante produto da sociobiodiversidade, cujo objetivo é manter a floresta de pé. A experiência foi enriquecedora e esperamos que cada um tenha aproveitado ao máximo o intercâmbio e que eles possam desenvolver um bom trabalho com esse conhecimento em seus territórios”, disse.

Leiagora
Foto: Assessoria

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