Opinião

Inglês no Braseiro

Por Jerry Mill

Daqui a alguns dias, no feriado de 7 de setembro, Dia da Independência, um sábado, das 15h às 21h, a população de Rondonópolis e região poderá participar novamente daquele que é considerado o maior encontro de degustação de carnes nobres do país: o Festival Braseiro. Nele, a carne assada, a bebida gelada e o bate-papo com os amigos são, por assim dizer, as grandes vedetes do evento, cuja renda é tradicionalmente revertida para várias instituições beneficentes previamente cadastradas e aprovadas.

Para quem não sabe, desde a sua primeira edição, em novembro de 2016, o evento se tornou a concretização do sonho do empresário Marco Túlio Duarte Soares e de alguns amigos de reunir regularmente outras pessoas de Rondonópolis, Cuiabá e cidades circunvizinhas que também gostam de estar em volta de uma churrasqueira, apreciar carne de qualidade e fazer o bem ao próximo. Tudo isso com a presença de artistas locais e nacionais para alegrar a festa ainda mais.

Para se ter uma ideia mais concreta da grandiosidade da festança, basta saber que, até a edição anterior, que ocorreu na capital mato-grossense no dia 18 de maio deste ano, mais de 140 entidades já tinham sido beneficiadas, inclusive a Santa Casa de Rondonópolis, totalizando quase três milhões de reais doados. Montante este advindo das vendas nas lojas físicas ou pelo site, de forma online. E olha que crianças até 11 anos não pagam!
Segundo os seus organizadores, o 13º Festival Braseiro, desta vez em sua cidade natal, terá 80 estações com churrasqueiros voluntários para os convidados poderem saborear diferentes tipos de corte e técnicas de preparo de carne bovina, suína, de carneiro e de frango, além de peixe e sobremesa – incluindo hambúrguer e paella de frutos do mar, por exemplo. A estimativa é que seis toneladas de carne sejam consumidas, devidamente preparadas na churrasqueira, no fogo de chão, na parrilla ou no pitmaster. Vou repetir, dear reader: pitmaster.

Na verdade, durante o evento, haverá inglês aqui e ali, open food e open bar: sistema em que as pessoas que compraram seus (expensive?) ingressos poderão comer e beber à vontade – quem sabe até mesmo barbarizar com seu English a little bit. A título de exemplificação, veja isso: dentre as opções comestíveis (in English, baby!) disponíveis no cardápio (ou seria ‘menu’?) estarão T-bone, prime beef, chuck beef, beef, shoulder steak, steak, rib, barbecue, Tomahawk, pulled pork e dry aged. Uma oportunidade e tanto para aprender tais English words e expressions, bem como se perguntar como dizer carne de sol, maminha, alcatra, osso, fraldinha, cupim, picanha, língua, caldo, pão de alho, defumado, serenado, assado, embutido, tempero, lenha, carvão e brasa, dentre outras possibilidades, na língua de Shakespeare. Você não acha?

Of coursemente, também haverá (muita) beer, soda and water. Traduzindo (se é que isso é preciso): cerveja, refrigerante e água. Agora, como eu nunca fui a nenhuma edição do great event, resta saber se haverá exclusivamente moda caipira e música sertaneja made in Brazil ou se o lugar vai se tornar também o local ideal para os braseiristas curtirem pelo menos alguns dos maiores sucessos da American country music do passado e do presente. Caso aconteça, Nashville agradece…

 

JERRY MILL é idealizador da ALCAA (Associação Livre de Cultura Anglo-Americana), membro-fundador da Academia Rondonopolitana de Letras (ARL) e associado honorário do Rotary Club de Rondonópolis

 

 

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