Polícia

Homem vai a júri acusado de matar companheira após bebedeira e briga por ciúmes

Imagem gerada pela I.A. Copitol

Ocimar Alves Rodrigues deve ser julgado na tarde desta terça-feira (13) pelo homicídio de sua companheira Rosimar Ferreira da Silva, ocorrido em 2017 em Cuiabá. O casal havia passado o dia bebendo até que brigaram durante a madrugada. O suspeito contou que empurrou a mulher no chão e pisou em sua cabeça. Ela sofreu traumatismo craniano.

O vizinho do casal, em depoimento contou que no dia anterior ao fato ele teve contato com o suspeito e se recorda que Rosimar, conhecida como Rose, estava se queixando de dor de cabeça, mas apesar disso ela bebia cachaça com seu companheiro.

A testemunha disse que teve contato com eles até às 17h e então saiu para ir a uma praça. Afirmou que, até então, tudo estava tranquilo entre o casal. Mais à noite o vizinho retornou para sua casa e por volta das 3h Ocimar o procurou e contou que Rose estava caída no chão, vomitando sangue pela boca. Ele então se levantou e foi à casa ao lado e encontrou a mulher caída, com o rosto sujo de lama (já que não havia piso no barraco), e como ela não respondia a nada ele chamou a polícia.

Já o suspeito relatou que Rose acordou por volta das 6h e já começou a beber cachaça. Ele teria dito “mas já desde cedo?”, porém, já por volta das 9h ele saiu para comprar uma caixa de cerveja e a partir daí começou a beber com a mulher.

Eles almoçaram e continuaram bebendo até que o vizinho apareceu na casa deles, indo embora depois de conversar um pouco. O suspeito afirmou que por volta das 20h Rose começou a ficar alterada e ele então saiu de casa. Ele foi até a esquina da rua e ficou lá por 30 minutos, sozinho.

Quando voltou para casa a vítima continuava agressiva e ao ver Ocimar ela perguntou se ele estava com outra mulher. Ele teria dito que não, mas Rose então falou para ele “voltar para o cabaré e continuar com as putas”.

O suspeito disse que sempre que bebia Rose inventava coisas que não existiam. Afirmou que em determinado momento a mulher partiu para cima dele com murros e tapas. Relatou que ela era mais alta que ele e que se lembra de ter empurrado ela, que caiu no chão entre a cama e o guarda-roupa.

Depois disso ele saiu de casa e foi para um boteco para continuar a beber. Ocimar não soube dizer quando tempo ficou fora, mas quando voltou a mulher estava caída de bruços no mesmo lugar e, ao se aproximar, ele viu que ela não se mexia. Reparou também que ela tinha sangue escorrendo pela boca e nariz. O suspeito então foi à casa do vizinho pedir socorro.

A princípio Ocimar disse que apenas empurrou a mulher, entretanto, relatou depois que quando a vítima caiu, ele pisou 3 vezes na cabeça dela. Afirmou que não se lembra de ter enforcado a mulher, mas admitiu que pode ter pisado no pescoço de Rose. Ele usava uma bota na hora do fato.

O laudo pericial apontou que a vítima tinha lesões evidentes no rosto, que foram encontrados sinais de asfixia mecânica e que a morte ocorreu por traumatismo cranioencefálico.

 

Gazeta digital

Foto: imagem gerada pela I.A. Copitol

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