Artista plástico cuiabano Márcio Aurélio morre aos 69 anos, em sua casa, no CPA 3

De acordo com as informações, polícia foi acionada por volta das 21h por vizinhos do homem, que estranharam o seu sumiço. Testemunha contou que ele foi visto pela última vez no sábado (3). Desde então, sumiu.

O homem ainda achou estranho que o vizinho não acendeu as luzes da casa. O homem entrou na casa, pulando o muro e visualizou a vítima sentada em uma cadeira, nos fundos.

Ele já não tinha sinais vitais. Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e confirmou a morte. Causa da morte não foi informada, mas ao que tudo indica, trata-se de uma morte natural.

Márcio Aurélio é natural de Cuiabá e começou a pintar através do Ateliê da Fundação Cultural, em 1976, recebendo orientações de Dalva de Barros, Humberto Espíndola e Aline Figueiredo.

O artista participou do Salão Jovem Arte Mato-grossense, obtendo destaque nas edições de 1977 e 1978. A partir de 1979, ele passou a ser convidado para diversas mostras coletivas e realizou outras individuais.

“Aos seis anos, minha tia fez uma laje de rio, em uma roda e aí descobri o poder da transformação. Quando criança, fabricava brinquedos, subia em cabo de vassouras e voava. O cavalo criava asas. Acho que é o poder da criação exercitado desde criança. Foi nessa fase que descobri as cores da piçarra, tudo que faço hoje, faço desde o começo. Acho que meu objetivo é enaltecer a inutilidade das coisas. As transformo em oração”, arremata Márcio em entrevista de 2016.