Política

Paulo José defende revogação da lei que inviabiliza pescadores em MT

O pré-candidato a prefeito de Rondonópolis Paulo José Correia (PSB) se reuniu com a diretoria e membros da Colônia de Pescadores Z3 para levar suas propostas e apoio à luta da categoria. Durante a visita, ele ouviu que os pescadores passam por dificuldades após a aprovação de uma lei estadual que restringe a pesca, transporte e comercialização de algumas das espécies mais pescadas por eles e teve o seu apoio reconhecido pelos mesmos.

De acordo com o pescador Francisco Teodoro da Silva, presidente da Colônia de Pescadores Z3, a lei estadual 12.197/2023, conhecida como lei do Transporte Zero, proíbe pelo período de cinco anos o transporte, comércio e armazenamento de peixes dos rios estaduais, o que segundo ele, prejudica muito aos pescadores, que ficam impedidos de pescarem peixes como a Piraputanga, Cachara, Surubim e Jaú, que são alguns dos peixes mais pescados por eles. “Isso dificulta pagar nossas contas, nossa comida, nossa luz, nossa água, nossos remédios. É importante preservar a natureza, mas nós não criamos dano nenhum para a natureza. O que causa danos na natureza se chama usina, esgoto doméstico, desmatamento, que são os verdadeiros vilões”, denunciou a liderança.

A respeito da lei, que foi aprovada pela Assembleia Legislativa e começou a valer desde o início do ano, o líder dos pescadores se lembra que a categoria na época se reuniu com um certo deputado, que inclusive é pré-candidato a prefeito da cidade, que visitou a Z3 um dia antes de votar na Assembleia Legislativa favorável ao Transporte Zero. “Ele falou que ia votar a favor nosso, mas não votou”, completou.
Francisco Teodoro da Silva ainda ressaltou a importância da visita de Paulo José à Colônia para ouvir suas demandas. “É importante para nós ter um pré-candidato a prefeito do nosso lado, como o prefeito José Carlos do Pátio já é, ele está nos ajudando bastante. Então, a vinda do Paulo José aqui é muito importante”, completou.
A secretária-geral da Colônia, Lauriana Natal Nogueira, também ressaltou o valor que os pescadores dão ao apoio recebido. “Ele está de parabéns. Porque até hoje ninguém fez isso aqui na Colônia Z3. Vir aqui na Colônia para estar apoiando os pescadores. É o único politico comprometido com essa entidade”, externou.
De sua parte, Paulo José disse que reconhece a importância dos pescadores e declarou que pretende auxiliar na luta pela revogação da parte da lei que prejudica a categoria. “Nós progressistas apoiamos a luta dos trabalhadores. Eles querem ser ouvidos para que a reivindicação deles seja atendida e colocada na lei. Eu acho isso justo e o consumidor tem o direito de consumir um peixe pescado direto do rio e não só peixe de tanque. Muitas pessoas não têm como ir na beira do rio e pescar o seu peixe. São os pescadores profissionais que fazem isso”, afirmou.

Ele observa que deve haver a conscientização de como essa pesca deva ser feita, mas reconheceu que os pescadores são prejudicados pela lei do Transporte Zero. “Daí você proíbe de uma vez a atividade deles? A renda deles vem daí e a ajuda que eles recebem nem sempre é suficiente para eles se manterem. Acho que eles precisam ser ouvidos pelos deputados e temos que buscar o bom senso. Eu acho que a melhor solução é sempre a conciliação e é isso que pretendo buscar”, disse.

Paulo José ainda deixou claro que tem um compromisso claro a favor dos menos favorecidos e que, ao contrário dos dois deputados estaduais que são pré-candidatos a prefeito da cidade, que votaram favoravelmente ao Transporte Zero ou se abstiveram, ele pretende lutar por mudanças na lei. “Algumas coisas para mim são básicas, como o direito à alimentação, que é um direito básico de todo cidadão. O direito à moradia também. E ao trabalho também, que é o que os pescadores estão cobrando. Eu vejo que os deputados deveriam ter a hombridade de se posicionarem e tem um deles que em toda votação mais pesada nem fica no local da votação, para depois vender seu peixe para os dois lados. E o outro votou contra o trabalhador. Mas a luta do trabalhador sempre foi a minha luta e isso não mudou”, concluiu.

Da assessoria

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