Portão do Inferno: ‘É a maldita burocracia’, diz Mauro sobre demora em obras

Após longa espera, no final do mês de junho o Ibama autorizou a proposta do Governo de Mato Grosso para realização de obras para solucionar o problema do deslizamento de rochas no trecho entre Cuiabá e Chapada dos Guimarães. O órgão, entretanto, impôs várias condições ao Estado, como proibição de supressão de vegetação nativa e manutenção da integridade dos corpos hídricos. As intervenções ainda não começaram.

“Embora tenha saído a licença, mas [falta] a ASV, que é a autorização de supressão vegetal, ela vem depois da licença, porque a licença traz condicionantes que têm que ser cumpridas. Saindo a licença, nós temos que tirar agora a ASV, nós estamos providenciando, desde o dia que saiu a licença, todos os trâmites para que a ASV [saia], é a maldita burocracia desse país. Demora mais tempo para superar a burocracia do que provavelmente para fazer a obra”, explicou o governador na tarde de quarta-feira (17).

Após os deslizamentos de rochas registrados no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães em dezembro de 2023, o governo teve que elaborar algumas soluções. De acordo com corpo técnico responsável pela intervenção, entre as 10 alternativas estudadas, a do recorte nos paredões na Chapada dos Guimarães, com um novo traçado para a MT-251, seria a mais barata, rápida e eficiente a ser executada no local. Após meses aguardando respostas, o Estado recebeu a autorização, porém com algumas condições.

“É com o Ibama, se ele é o órgão licenciador é ele que tem que dar a ASV, mas esse é o rito da burocracia, não existe nada de anormal no Ibama, vamos ser justos, é a maldita burocracia, ‘burrocracia’ brasileira que impõe que nós tenhamos, muitas vezes, uma perda de tempo gigantesca no processo, muito maior que o tempo para fazer uma obra”, disse o governador, pontuando que quando receber a ASV as obras serão iniciadas imediatamente.