Casa da Pamonha a mais antiga pamonharia da cidade completa 52 anos

Há 52 anos começava a saga de Gerônimo, que vendia pamonhas em uma lata na cabeça pelas ruas da cidade

Gerônimo Florentino, começou a vender pamonha em 1972, hoje tem a maior pamonharia da região

O ano era 1972, Gerônimo Florentino, nascido em Peçanha Minas Gerais, morava na localidade conhecida como Placa Santo Antônio. Alguns moradores do lugarejo começaram a vender pamonha em barracas feitas de palha na beira da BR 364, motoristas de caminhões paravam para comer, comerciantes ofereciam pamonha de graça para os motoristas de ônibus, que paravam e os passageiros aproveitavam para consumir aquelas delícias feitas do milho, os motoristas de automóveis também paravam. Devido aumento das vendas, outros moradores da região foram montando suas pamonharias na beira da rodovia.

Pessoal recebendo e descacando o milho, primeira etapa da fabricação da pamonha

Era uma época muito difícil, por isso pensei, vou vender pamonha, mas, vou vender em Rondonópolis, eu e minha esposa Aparecida, fazíamos as pamonhas eu vinha de ônibus para vender na cidade, saia pelas ruas com uma lata cheia de pamonha na cabeça oferecendo para as pessoas.  Algum tempo depois comprei uma bicicleta, depois mandei fazer uma carrocinha, onde eu levava carne de porco, verduras e tudo que era produzido na roça, por minha família.

Com o tempo, aluguei uma casa e começamos a trazer o milho e fabricar as pamonhas aqui mesmo, depois de alguns anos comprei uma casa onde funcionava uma mercearia na rua José Barriga em frente à Praça da saudade, com o tempo fomos ampliando e construindo a estrutura que temos hoje.

Gerônimo e sua esposa Aparecida, 55 anos de amor e cumplicidade

Gerônimo chego em Mato Grosso em 1963, ainda um rapazola, em 69 se casou com a jovem Aparecida Elias, com quem teve 9 filhos, que lhes deram 20 netos, o casamento aconteceu no Distrito do Vale Rico no município de Guiratinga, algum depois a nova família se mudou para a Placa Santo Antônio.

Hoje empregamos mais de 20 pessoas entre familiares e colaboradores. Construímos uma estrutura maior para atender a demanda, chegamos a produzir até 3000 unidades de pamonha dia, foi uma época que a demanda era muito grande várias pessoas ganhavam a vida vendendo nossas pamonhas, hoje a produção diminuiu um pouco.  O milho que usamos é especial para pamonha, é produzido em lavoura própria, plantada em talhões que sãoi colhidos para que não falte matéria prima. Meu filho mais velho é quem gerencia a propriedade.

Temos vários vendedores ambulantes, que trabalham vendendo nossos produtos para complementar sua renda familiar.

Sinto orgulho de ter construído a Casa da Pamonha que é referência em pamonharia em toda região, finalizou Gerônimo Florentino.