Internacional

O massacre de jornalistas em Gaza

Teve quem viu a família toda ser enterrada

De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, pelo menos 48 jornalistas morreram desde o dia 7 de outubro, quando começou a guerra por lá. Foi esse o número que eles informaram ao Comitê para a Proteção dos Jornalistas, com sede em Nova York.

Nas contas do escritório de comunicação do governo palestino em Gaza é ainda pior, chega a 60 jornalistas mortos pelos ataques israelenses ao território costeiro. Esse número também leva em conta os trabalhadores que auxiliam os jornalistas e acabaram alvos de bombardeios.

O Sindicato dos Jornalistas Palestinos calcula ao menos 53 jornalistas mortos, uma centena de feridos. Alguns viram suas famílias inteiras serem enterradas, como o chefe da sucursal da Al Jazeera, Wael Al Dahdouh, que perdeu sua esposa, filho, filha e neto.

Passou a circular em grupos pró-palestina a imagem de 60 profissionais da imprensa palestina que teriam morrido nesses 45 dias de guerra.

Independente de serem 40, 50 ou 60 jornalistas, essa guerra, como diz o presidente da ONU, António Guterres, está levando a um número de civis mortos “sem paralelo e sem precedentes”.

Nas contas de Gaza, a ofensiva de Israel matou, por ora, 13 mil pessoas, incluindo 5.500 crianças e 3.500 mulheres. De cerca de 32 mil feridos, 75% são crianças e mulheres. Vale lembrar que mesmo controlado pelo Hamas, em outras guerras as contas de Gaza e depois as do governo de Israel nunca apresentaram diferenças muito gritantes.

Blog do Noblat

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