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Conheça o DKW Vemag Fissore, Luxo acima do seu tempo

 

Em 1961, a diretoria da Vemag, resolveu entrar no mercado de carros de luxo.

Com esse intuito, contratou o Estúdio italiano, dos irmãos Fissore, para desenvolver o projeto de uma carroceria bonita e atraente. 

Um chassis DKW foi enviado à Itália para que o protótipo fosse montado sobre o mesmo.

Em 1962, chegava então ao Brasil o primeiro protótipo, feito à mão na Itália, com as linhas externas do carro. O interior seria desenvolvido pelos engenheiros brasileiros, que ficaram responsáveis pelos detalhes e não economizaram no acabamento do novo produto. Assim a Vemag apresentou o DKW Fissore no Salão do Automóvel de 1962, um carro com linhas modernas e  bonitas, o que chamou a atenção do público.  

DKW Fissore, trazia um painel com acabamento cromado, frisos cromados no seu interior, e no revestimento das portas, bancos com novo desenho, botões do painel cromados (vejam só, alumínio cromado já naquela época!) e outros muitos detalhes de acabamento.

Feito isto, o grande problema era por o carro em produção, já que o protótipo feito à mão, utilizava a experiência e trabalho dos bate-lamieri italianos, que eram capazes de a partir de uma chapa plana, por exemplo, fazer um pára-lama de formato complexo em poucas horas.

No Brasil, isto não seria possível e uma maratona para fazer modificações em componentes nacionais, novos ferramentais foram desenvolvidos. Para se produzir o Fissore, foram então montadas 2 linhas, uma no prédio novo da Vemag, onde se montavam as carrocerias e outra na parte velha, onde se fazia a montagem da tapeçaria e acabamento.

DKW-Vemag Fissore

A montagem final era feita na linha existente, intercalado com outros produtos. A pressa para a apresentação do carro no Brasil (que ocorreu no Salão do automóvel de 1962). Isto fez que o carro ficasse  muito pesado e com baixo desempenho.

Para melhorar o desempanho do carro, foram sendo introduzidas diversas modificações como diferencial reduzido 5,14:1, vidros de espessura mais fina que o normal, melhoria dos estampos de carroceria e motor S. Esses motores chegavam a 54 ou 56 cv, declarados. Devido ao fato da produção do modelo ser muito artesanal, justificava o alto preço do modelo. 

Foram produzidos 2.489 carros, de 1964 a 1967 sendo que a numeração de chassis começou de 1000 e não de 001.

Pelo baixo volume de produção, estima se que menos de mil exemplares existem  nas mãos de colecionadores e aficcionados, os exemplares restantes devem ter sido consumidos pelo tempo. Por esse motivo o modelo é disputado e seu valor vem aumentando significativamente nos últimos anos.

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