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Psicóloga divulga série de vídeos sobre Setembro Amarelo

 
Divulgação

Especialista em defesa de direitos e compromissada com as minorias sociais, a psicóloga clínica Jéssica Costa lançou uma série de vídeos curtos nos quais trata diferentes temas relacionados à campanha Setembro Amarelo, voltada à prevenção do suicídio.

Em seu perfil no Instagram, a profissional a trata de temas diversos, trazendo à tona, principalmente, discussões sobre a comunidade LGBTQIAPN+, população negra e PCDs a partir de uma perspectiva da psicologia.

Contudo, desde quarta-feira (13), psicóloga iniciou a publicação de vídeos com temas voltados à campanha do Setembro Amarelo. Nas publicações feitas até então, Jéssica abordou a importância de falar sobre o tema, onde procurar ajuda de pessoas que estejam com ideação suicida e como a mídia pode tratar sobre o tema.

À reportagem, a psicóloga apontou que decidiu gravar os vídeos como uma forma de falar sobre o tema de maneira não superficial. Jéssica disse que o suicídio é considerado um tabu e, por conta disso, muitas das informações sobre o tema ainda são propagadas de forma pouco apurada.

Para desmistificar o tema, a psicóloga aposta em uma comunicação assertiva e que esclareça as dúvidas em relação à epidemia. E destaca que o incentivo à prática de suicídio, comum nas redes sociais, é considerado crime pela lei vigente.

“Nós enquanto sociedade precisamos entender de uma forma mais específica sobre o assunto. Então, onde vamos buscar ajuda, quais são os lugares, o que falar e o que não falar para alguém que quer se suicidar, como a mídia deve tratar esse assunto, quais são os tabus envolvidos e porque eles existem. Então, eu acho que falar e entender esse assunto ajuda a sociedade a lidar com o suicídio de uma forma mais humana e evitar que ele aconteça”, disse.    

Fatores que influenciam

Desde 2014, o suicídio é tratado como uma epidemia global pela Organização Mundial da Saúde. Ao portal, a psicóloga explicou que isso se deve ao alto crescimento anual de casos de suicídio.

“Em pouco tempo, o suicídio só vai aumentando na lista de causas de morte em todo o mundo. No Brasil, especificamente, até 2021, era considerada a terceira maior causa de mortes entre jovens de 15 a 28 anos. Então, além disso, o suicídio é considerado um comportamento epidêmico também porque se considera que um suicídio pode culminar em outro suicídio”, afirmou a psicóloga.

Conforme detalhou a profissional de saúde, o suicídio não tem uma única causa e pode acontecer a partir de fatores diferentes para cada pessoa. Contudo, há condições biológicas e sociais que podem ser favoráveis à promoção da ideação suicida.

Dentre os fatores biológicos, a incidência de doenças preexistentes, doenças, raras, autoimunes ou debilitantes também podem pesar negativamente. Já quanto a condições sociais, a situação de pobreza ou extrema pobreza, isolamento social, falta de acesso à saúde também pode ser somadas ao quadro de fatores de propensão.

Psicóloga acrescentou que há alta incidência de casos de suicídio entre minorias sociais, a exemplo da população negra, indígena, imigrantes, pessoas da comunidade LGBTQIAPN+.

Profissional destacou também que a depressão é a principal causa, mas não é a única. Isso porque o transtorno de bipolaridade e o abuso de álcool e drogas também são responsáveis por um número acentuado de casos.

“Então, ela pode não ter depressão, nenhum transtorno mental, mas, ao se drogar ou beber exageradamente, ela pode passar ao impulso de passar ao ato. Ou seja, o impulso de se suicidar por um momento único de desespero. Depressão não é a única causa, como dívidas, desespero, perder alguém por suicídio também é um fator de risco”, afirmou.

Entenda mais sobre suicídio e como ajudar uma pessoa com ideação suicida a seguir:

 

Gazeta Digital

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