Polícia

MG: 97 trabalhadores em situação análoga à escravidão são resgatados

Grupo foi resgatado no Rio Paranaíba, em uma empresa de beneficiamente de alho. Adolescentes e uma grávida estão entre as vítimas.Foto colorida de trabalhador resgatado de situação análoga à escravidão - Metrópoles

Um operação resgatou 97 trabalhadores que eram submetidos a condiçõeanálogas à escravidão em uma empresa de beneficiamente de alho no município de Rio Paranaíba, em Minas Gerais. Seis adolescentes, inclusive uma uma jovem grávida, estão entre as vítimas.

Os trabalhadores foram resgatados pelo Ministério Público do Trabalho de Minas Gerais (MPT-MG) no dia 30 de agosto no âmbito da operação “Resgate III“.

Segundo o órgão, não havia banheiros suficientes, área para aquecimento da alimentação e cadeiras para os funcionários se sentarem. Além disso, os trabalhadores não tinham carteira de trabalho assinada e não dispunham dEquipamentos de Proteção Individual (EPIs).

“O cenário que encontramos foi de trabalhadores de pé ou sentados em locais improvisados ao redor das caixas de alho, sem qualquer equipamento de proteção individual. Eles relataram que almoçavam em 20 ou 30 minutos e não tinham registro do contrato de trabalho em carteira”, afirmou Regina Duarte, procuradora do Trabalho que atuou na operação de resgate.

“Sem um refeitório que comportasse todos os trabalhadores, eles faziam a refeição assentados em caixas nos locais de trabalho”, completou.

Para regularizar a situação contratual dos funcionários, os empregadores pagaram R$ 315.176,58 everbas trabalhistas e R$ 76.700,00 para reparar o dano moral individual causado a cada vítima submetida à situação de trabalho análogo à escravidão.

Além disso, os trabalhadores receberam passagens para que pudessem retornar para as suas cidades de origem. Segundo o MPT-MG, grande parte das vítimas é do Maranhão.

Metrópoles

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