Polícia

MP recorre e cobra 30 anos de prisão a frentista que matou ex a facadas na frente do filho

Pena aplicada pelo Tribunal do Júri é considerada irrisória pelo delito cometido.

O Ministério Público de Mato Grosso recorreu, na quarta-feira (16), ao Tribunal de Justiça reivindicando o aumento de pena aplicada ao frentista Antônio Aluízio da Conceição Marciano, 21, assassino confesso da ex-namorada Emilly Bispo da Crus, 20 anos. O júri popular condenou o réu a 20 anos de prisão. O promotor de Justiça Vinícius Gahyva defende que a pena seja aumentada para, pelo menos, 30 anos.

O crime que chocou a capital foi cometido no dia 16 de março, no bairro Pedra 90. Inconformado com o término do relacionamento, Antônio Marciano armou uma emboscada para matar a ex-namorada. No começo da manhã, quando a vítima estava na rua levando o filho de apenas 4 anos para a creche, foi cercada e morta a facadas. A criança presenciou toda a cena do crime. Horas após a fuga, o assassino foi preso em flagrante pela Polícia Militar.

O Ministério Público entende que a pena é desproporcional, diante da gravidade do crime cometido e as várias qualificadoras, como feminicídio, recurso que impediu a defesa da vítima, surpresa ou emboscada e por ter cometido o assassinato na frente de uma criança. O jurí popular que condenou Antônio Aluízio da Conceição Marciano foi concluído no dia 10 de agosto.

Se mantida a pena de 20 anos, Antônio Marciano poderá ser remetido ao regime semi-aberto após o cumprimento de 2/5 da pena, o que corresponde a 8 anos. Pela lei 13.964/2019, que foi defendida junto ao Congresso Nacional pelo então ministro da Justiça e atual senador da República pelo Paraná, Sérgio Moro, a pena máxima a ser aplicada no país passou a ser de 40 anos.

 

 Vídeo do feminicídio

RepórterMT
 

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