Polícia

MT: bandido que matou menino de 5 anos para se vingar da ex é indiciado por homicídio qualificado

José Edson Santana, 33 anos, vai responder por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

José Edson está preso no presídio de Ferrugem, em Sinop (500 km de Cuiabá), desde o dia 4 de março, um dia após o homicídio de Davi Heitor.

Davi foi brutalmente assassinado na sexta-feira (03), em Colíder. O corpo dele foi encontrado em região de mata na segunda-feira (06) e havia uma carta do assassino junto a ele, com ameaças e a justificativa do crime.

De acordo com a Polícia Civil, durante depoimento José afirmou que “deu branco” e não sabia o motivo de matar o menino. Porém, o delegado Breno Houlu acredita que o crime foi planejado e o assassinato ocorreu por ‘vingança’ contra a mãe do menino, ex-mulher de José.

“O pai da criança tinha vínculo com a mãe e José queria que ela fosse com ele para Pernambuco, mas ela não queria ir pelos filhos e não romper com esse vínculo aqui. Ele acreditou que, com o filho dela morto, ela ficaria muito frágil e iria segui-lo. Ele já tinha comprado, no dia 28 de fevereiro, a passagem só de ida para Pernambuco”, explicou.

Assassino ajudou nas buscas

José chegou a ajudar a procurar o menino, quando a mãe deu conta do desaparecimento do filho na sexta-feira. Depois de matar a criança asfixiada e jogar o corpo em uma mata fechada, na MT-320, próximo a uma pista de MotoCross, ele fingiu ajudar.

“O autor desse crime bárbaro estava dissimulando que estava ajudando nas buscas. Ele sabia que a criança estava morta e estava ajudando, pois era ex-companheiro da mãe da vítima. No primeiro momento, a mãe se negava a aceitar de que ele poderia ser um suspeito, disse que ele era bom para as crianças e as crianças confiavam nele”.

Conforme as investigações, o pequeno Davi confiava no ex-padrasto, pois quando ele chega na esquina, o menino foi em direção a ele, por volta das 11h25. Para o delegado Breno Houly, ele havia premeditado o crime, pois estava com dois capacetes.

As câmeras de segurança mostram todo o trajeto do criminoso com o menino. O bandido só assumiu o crime, após ser confrontado com as imagens. Ainda assim, ele mentiu para a polícia que teria asfixiado, amarrado uma pedra na perna do garoto e jogado no rio.

Em nenhum momento, José Edson demonstrou remorso ou arrependimento.

Após dois dias de buscas pelo Corpo de Bombeiros e pela Polícia Civil, foi descoberto que o assassino mentiu. Muitos policiais civis que estavam de folga e viajando, foram a Colíder para ajudar no trabalho das investigações e agilizar o esclarecimento do caso.

RepórterMT

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