Polícia

Delegado: Jornalista emprestava carro da imprensa para bandidos escaparem de abordagens

Juvenilson dos Santos Martins, conhecido como “Mister Tripa”, foi um dos 12 alvos de mandado de prisão da operação.

O delegado da Polícia Federal Flávio Rocha Freire, supervisor da Força Tarefa da Força Pública, que deflagrou a 2ª fase da Operação Dissidência na quarta-feira (08), afirmou que membros da facção Tropa do Castelar pegavam “emprestado” o carro de imprensa do jornalista Juvenilson dos Santos Martins para escapar de abordagens policiais.

Juvenilson, conhecido como “Mister Tripa” foi um dos 12 alvos de mandado de prisão da operação. Ele foi pego em Peixoto de Azevedo. Em vídeo, o jornalista negou fazer parte da facção e que isso seria uma retaliação por ser um repórter investigativo.

“Um dos alvos tinha participação importante para uma dessas facções criminosas. Ele cedia um veículo da imprensa para transportar ilícitos e se safar da abordagem policial”, explicou o delegado Flávio Rocha Freire.

Para Polícia Civil, o jornalista também era informante da Tropa do Castelar. Em áudio dele em conversa com o investigado Daniel Toscano, Juvenilson diz que constantemente se deslocava para Cuiabá em um carro de “imprensa”, que dificilmente seria parado por viatura policial.

O delegado Flávio Rocha Freire explicou ainda que a operação era para desmantelar a facção criminosa, que estava em ‘guerra’ com o Comando Vermelho na região. Essa disputa por território tem causado uma onda de assassinatos.

Durante os cumprimentos dos mandados, foi descoberto ainda que a Tropa do Castelar recebia ‘apoio’ do Primeiro Comando da Capital, que enviava armas e drogas para a facção.

“Foi identificado também durante a operação, que uma dessas facções contavam com o apoio estrutural de uma facção rival do estado de São Paulo. Ela fornecia armamento e drogas para que a facção do estado de Mato Grosso capitalizasse e assim pudesse ir de frente com a outra rival”, concluiu o delegado.

Veja o vídeo do delegado:

RepórterMT

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