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Andropausa: quando a reposição hormonal masculina é indicada?

A menopausa masculina, chamada de andropausa, acomete homens a partir dos 40 anos. Sintomas vão além da baixa libido

Foto de vários blisters de remédios coloridos - MetrópolesReprodução/Getty Images

Se por um lado a maioria das mulheres já sabem que estão fadadas à menopausa, 57% dos homens não conhecem a existência da andropausa, de acordo com um levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Urologia.

andropausa é um termo criado em analogia à menopausa, fase em que ocorre queda da produção de hormônios na população feminina. Geralmente, a situação acontece de forma semelhante nos homens a partir dos 40 anos e os impactos vão além do desejo sexual.

De acordo com o médico especialista em implantes hormonais Hugo Gatto, a andropausa pode ser tão desconfortável quanto a menopausa, pois os dois casos são ocasionados pela baixa de hormônios que o corpo humano necessita para viver com qualidade.

Ele menciona os principais sintomas:

  • Redução ou perda de libido;
  • Disfunção erétil;
  • Redução da fertilidade;
  • Diminuição dos pelos corporais;
  • Inchaço dos mamilos;
  • Perda de massa óssea e muscular;
  • Aumento da gordura corporal;
  • Redução da força;
  • Cansaço;
  • Dificuldade de memorização e concentração;
  • Tristeza ou depressão em alguns casos.

O médico explica que, durante o período, ocorre a diminuição da produção de testosterona, hormônio essencial para o comportamento sexual, mas que também cumpre outras importantes funções no organismo.

“A testosterona também está diretamente ligada a atividades metabólicas importantíssimas, como a produção de células do sangue, na medula óssea, na formação dos ossos, no metabolismo de lipídios e carboidratos e na função hepática, além da estreita relação nas alterações físicas e psíquicas dos homens associadas ao envelhecimento”, afirma.

Reposição hormonal

Um dos principais tratamentos para a andropausa, assim como nas mulheres, é a reposição hormonal com a testosterona. A terapia é indicada para todos os homens que apresentam os sintomas da condição e que não tenham contraindicação para o uso.

Antes de recorrer à terapia, o paciente precisa comprovar a queda na taxa de hormônios. Gatto explica que a reposição é avaliada de acordo com sintomas e sinais clínicos relatados pelo indivíduo e seus exames bioquímicos, como os níveis de testosterona e outros hormônios no sangue.

Quando bem indicada e realizada com acompanhamento de profissionais, a reposição hormonal masculina traz diversos benefícios, como a perda de peso, melhora da libido, aumento da densidade óssea e da massa muscular.

O médico finaliza explicando que todo uso de hormônio pode possuir efeito colateral, mas uma prescrição correta tende a diminuir o risco de problemas.

“Para um bom tratamento, sem efeitos adversos ou com os menores possíveis, as doses devem ser totalmente individualizadas e caminhar de acordo com a necessidade do paciente”, pontua Gatto.

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