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Afastado do cargo, Ibaneis diz que respeita decisão de Moraes: “Fé nas instituições democráticas”

O governador do DF, Ibaneis Rocha, foi afastado do cargo pelo período de 90 dias, por determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes

Governador ibaneis Rocha durante posse do Flávio Dino (PSB) como ministro da Justiça e Segurança no Salão Negro, no Palácio da Justiça- MetrópolesVinícius Schmidt/Metrópoles

O governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), disse que respeita a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STFAlexandre de Moraes, que afastou o emedebista do cargo por 90 dias.

Em nota divulgada na tarde desta segunda-feira (9/1), Ibaneis declarou que reitera a “fé na Justiça e nas instituições democráticas”. “Vou aguardar com serenidade a decisão sobre as responsabilidades nos lamentáveis fatos que ocorreram em nossa capital”, afirmou.

O governador afastado disse confiar que a apuração das responsabilidades sobre os atos terroristas desse domingo (8/1) — com invasão do Congresso, do STF e do Palácio do Planalto — vai esclarecer o papel de cada um dos agentes públicos.

Ibaneis acrescentou que as apurações vão provar que houve “inteira disposição” do Governo do Distrito Federal (GDF) “para evitar todo e qualquer ato que atentasse contra o patrimônio da capital”. “Jamais esperando que a situação atingisse o ponto a que, infelizmente, assistimos”.

“Além do mais, veemente repudio às cenas de barbarismo amplamente divulgadas. Necessário se faz buscar, sim, a responsabilidade de toda a rede que possa existir de financiamento de atos antidemocráticos, por óbvio, o devido processo legal”.

Leia a nota na íntegra:

“Diante do grave episódio de invasão das sedes dos três poderes da República neste domingo e das providências já adotadas pelo Executivo Federal e Judiciário, venho a público reafirmar e minha inabalável defesa e crença nas instituições, no Estado de Direito Democrático, na observância das leis e da Constituição, princípios que forjaram a minha carreira de advogado e homem público.

Confio que ao curso da apuração de responsabilidades será devidamente esclarecido o papel de cada um dos agentes públicos, bem como a inteira disposição do Governo do Distrito Federal no sentido de evitar todo e qualquer ato que atentasse contra o patrimônio público de nossa Capital, jamais esperando que a situação atingisse o ponto a que, infelizmente, assistimos.

Além do mais veemente repúdio às cenas de barbarismo amplamente divulgadas, necessário se faz buscar, sim, a responsabilização de toda a rede que possa existir de financiamento de atos antidemocráticos, observando-se, por óbvio, o devido processo legal.

Reitero a minha inteira solidariedade aos presidentes e integrantes dos Poderes constituídos, na certeza de que sairá a democracia fortalecida perante aos olhos do mundo, do povo do Distrito Federal e de todo o Brasil.

Em outros momentos graves, agi com rigor de forma a proteger não apenas o patrimônio, mas a honra do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, como na tentativa de invasão de maio de 2020, quando várias pessoas foram presas.

Respeito a decisão do ministro Alexandre de Moraes, mas reitero minha fé na Justiça e nas instituições democráticas. Vou aguardar com serenidade a decisão sobre as responsabilidades nos lamentáveis fatos que ocorreram em nossa capital.”

Metrópoles

 

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